Azora investe mais de 500 milhões para criar seis "data centers" na Península Ibérica

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A empresa espanhola Azora quer investir mais de 500 milhões de euros na construção de uma rede de seis "data centers" em Portugal e Espanha. O investimento previsto marca a entrada da Azora no mercado ibérico de "data centers" que ofereçam soluções tecnológicas para grandes empresas tecnológicas.

A ideia é criar seis data centers "altamente eficientes", para empresas que necessitam de baixa latência no processamento e transmissão de dados. Tendo isso em conta, a expectativa da Azora é de que este investimento atraia empresas com alto tráfego de dados, como criados de conteúdo, Internet of Things (IoT) ou jogos.

O projeto "Quetta Data Centers" será gerido pela Azora, assessorada pela Core Capital. Para já, a empresa adianta que os "data centers" deverão ficar "perto de grandes centros urbanos, próximos dos consumidores finais, a fim de reduzir o tráfego de dados com data centers em hiperescala, que geralmente estão localizados a uma distância considerável dos utilizadores finais".

"Os seis ativos estarão predominantemente localizados em Madrid, Barcelona e Lisboa, permitindo à Azora aproveitar a excelente oportunidade do mercado local, impulsionada pela geolocalização da península, o acesso a fontes de energia renováveis, e proximidade de infraestruturas de comunicação mais amplas, incluindo cabos submarinos intercontinentais", indica a empresa, em comunicado.

Em fase inicial está já a construção do primeiro "data center" em Madrid, localizado em Tres Cantos, e está em fase avançada de negociações para concluir a aquisição do terreno e a contratação da construção dos restantes centros.
  

A Azora quer criar, com este projeto"data centers" focados na eficiência energética, prevendo utilizar energia 100% renovável, criando assim "a primeira rede ecoeficiente de data centers com classificação PUE (Eficácia no Uso de Energia) inferior a 1,15".  A empresa espanhola considera que há "um forte crescimento da procura" por "data centers" nos próximos últimos anos, "impulsionado por ventos favoráveis estruturais e por uma aceleração na forma como as empresas e a sociedade consomem dados". O projeto conta com uma equipa com mais de 20 anos de experiência no setor tecnológico e com sensibilidade para os desafios ambientais no setor de "data centers".

"O lançamento do Quetta insere-se na nossa estratégia de investimento em infraestruturas sustentáveis, especialmente 
destinadas a empresas que oferecem conteúdo de streaming, jogos, realidade aumentada, Internet das Coisas e outras tecnologias, como inteligência artificial, que experimentarão um forte crescimento à medida que a velocidade com que a sociedade e as empresas consomem dados acelera", refere Santiago Olivares, responsável pelos investimentos em energia, infraestruturas e sustentabilidade da Azora, em comunicado.

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