BE é "a Esquerda de confiança" e não há desculpas para não ir votar

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"Nos próximos cinco anos aqui estaremos. Com a determinação que nos conhecem, a convicção. O BE é o voto de confiança, é a esquerda de confiança. Que ninguém vacile, pode-se votar em qualquer lado. Todos os votos contam e sabem que a garantia dos próximos cinco anos, todos os dias ao lado de quem precisa, é o voto no BE", considerou Catarina Martins.

No comício de encerramento da campanha eleitoral, em Almada, no distrito de Setúbal, Catarina Martins quis deixar três últimas mensagens aos eleitores, começando por dizer que "não há desculpas para não ir votar", numa referência ao regime excecional destas eleições, que permite que um cidadão vote em qualquer local do país.

"A segunda coisa é que não importa onde votas, estás sempre a votar na mesma lista. Eu sei que o BE normalmente tem muito voto desperdiçado, mas não há um único voto desperdiçado nestas eleições", afirmou, referindo-se ao facto de nestas eleições haver apenas um círculo eleitoral, ao contrário das legislativas.

Por último, Catarina Martins deixou uma pergunta: "Em quem é que confias para nos próximos cinco anos te defender?".

"Em quem é que confias para estar lá quando houver um debate a sério sobre a paz e a guerra, em quem confias para vencer os generais de sofá sempre dispostos a mandar os filhos dos outros para a guerra? Em quem confias para que os direitos das mulheres nunca sejam postos em causa? Quem é que sabes que nunca vai aceitar uma Europa que deporta ou prende crianças? Quem é que sabes que quando for preciso é capaz de denunciar Putin [presidente da Rússia] e Netanyahu [primeiro-ministro de Israel]?", desafiou a bloquista.

A candidata percorreu todas as bandeiras do partido nesta campanha eleitoral, desde a defesa do "salário digno, do direito à saúde", a semana laboral de quatro dias e garantiu que o partido "estará lá quando o Banco Central Europeu decidir subir os juros da casa".

Insistindo que PS e PSD "não se distinguiram" nos últimos cinco anos no Parlamento Europeu, nomeadamente "no apoio a Ursula von der Leyen, que só tem um discurso de guerra e de medo", Catarina Martins assegurou que "um voto no BE nunca será um voto em von der Leyen".

"Um voto no BE nunca será um voto para cortar na saúde ou na educação. Um voto no BE é um voto de construção da democracia, do melhor que nós somos", afirmou.

Catarina Martins assegurou que um voto nos bloquistas nunca servirá para "pôr as pessoas umas contra as outras", defendendo "acolhimento, integração para todas as pessoas, sem exceção".

No início da sua intervenção, a bloquista deixou uma palavra de agradecimento à comunicação social, depois de hoje o presidente do Chega ter acusado os jornalistas de serem "inimigos do povo".

"Numa campanha em quem há quem tente intimidar jornalistas, é bom que se saiba que às vezes gostamos das notícias, outras vezes não gostamos, mas sabemos que democracia é só com jornalismo livre, e aqui são sempre muito bem-vindos e muito bem-vindas", afirmou.

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