Benfica-Estrela da Amadora, 1-0 (crónica)

1 mes atrás 56

Roger Schmidt voltou a mexer e o Benfica arrancou a melhor exibição da temporada, com uma vitória sobre o Estrela da Amadora, pela margem mínima, mas convincente. Com João Mário de fora e Kökçü de início, o turco arrancou para uma exibição em cheio, mas a verdade é que os encarnados, ao terceiro jogo da temporada, ainda não conseguem manter a intensidade ao longo dos 90 minutos e continuam a ter muitas quebras no decorrer do jogo. O grande momento da noite acabou por ser a entrada em campo de Renato Sanches, mas a verdade é que o Estrela não fez um único remate à baliza de Trubin.

Confira a FICHA DO JOGO e os VÍDEOS DOS GOLOS

Foram três as alterações que Schmidt promoveu para esta noite, com Álvaro Carreras, a render o lesionado Jan-Niklas Beste e Otamendi a recuperar o lugar no eixo defensivo em detrimento de António Silva, além do já anunciado afastamento de João Mário. A verdade é que o Benfica, ao contrário dos dois primeiros jogos, entrou bem no jogo, conseguindo imprimir uma intensidade que colocou, desde logo, muitas dificuldades ao Estrela que teve de recuar em toda a linha e sentiu muitas dificuldades em sair a jogar.

O Benfica, com uma pressão constante sobre a bola, conseguiu prender o adversário e depois explorou muito bem o corredor esquerdo, com Álvaro Carreras, muito em jogo, a ver da linha para o interior e a deixar, muitas vezes, Kökçü solto. Promovido à titularidade, o turco fez questão de deixar a sua marca no jogo e foi a unidade mais ativa do Benfica no ataque, arrancando cruzamentos e remates, quase sempre sobre a esquerda. Teve uma oportunidade soberana para abrir o marcador, com um remate de primeira a um cruzamento bem medido de Ba e acabou mesmo por marcar, aos 19 minutos, com um remate cruzado. O pontapé nem saiu com muita força e até parecia que Bruno Brígido ia chegar à bola, mas deixou-a escapar por entre as luvas.

O Benfica ganhava vantagem e parecia ter o controlo absoluto do jogo, mas, subitamente, travou a fundo, quebrou o ritmo e até permitiu que o Estrela entrasse no jogo, primeiro numa descida vertiginosa de Nilton Varela para a área de Trubin, logo a seguir num livre de Nani, também pela primeira vez titular no Estrela, que Miguel Lopes podia ter transformado no empate. O remate do central saiu muito ao lado.

Foi neste período que Aursnes e Pavlidis deitaram-se no chão a pedir assistência, o grego ainda recuperou, mas o norueguês teve mesmo de sair, abrindo espaço para a entrada de Tiago Gouveia. O Benfica voltou a carregar nos últimos dez minutos e voltou a estar perto do golo, numa série de pontapés de canto. No último, antes do intervalo, Tomás Araújo entrou imperial na área e cabeceou forte para defesa apertada de Bruno Brígido que largou a bola e foi atropelado por Pavlidis que saiu a festejar, mas o árbitro acabaria por assinalar falta sobre o guarda-redes.

Não foi um Benfica totalmente convincente, mas foi, com certeza, a melhor primeira parte do Benfica esta época.

O Benfica voltou a entrar com tudo na segunda parte, com a equipa bem subida, a colocar novamente muitas dificuldades à defesa do Estrela que teve de recuar novamente em peso para a defesa da área de Bruno Brígido. Seguiram-se uma série de pontapés de canto e novas oportunidades para o Benfica ampliar a vantagem, com destaque para um remate forte de Tiago Gouveia que proporcionou a Bruno Brígido a defesa da noite.

Um sufoco que obrigou Filipe Martins a mexer na equipa, à procura de novo equilíbrio, prescindindo de Gustavo Henrique e Rodrigo Pinho, para lançar Alan Ruiz e Kikas, mas o Benfica estava, nesta altura, claramente por cima do jogo e não abdicou do comando. A verdade é que o Benfica continuava a vencer por apenas um golo e não tinha a vitória garantida. Pavlidis e Tiago Gouveia tiveram oportunidades soberanas para marcar, no mesmo lance, numa série e tiros ao boneco, mas a bola teimou em não entrar.

Todos de pé, Renato Sanches vai a jogo

O Benfica não marcou, mas ao minuto 70, as bancadas da Luz levantaram-se para um momento especial: Di María e, sobretudo, Renato Sanches levaram os adeptos ao delírio quando apareceram, equipados, junto à linha, para ir a jogo. Fez-se um silêncio nas bancadas, os adeptos levantaram-se das cadeiras e aplaudiram o menino formado no Seixal, de regresso a casa, oito anos depois de ter saído.

A verdade é que o resultado continuava muito perigoso para o Benfica e o golo da tranquilidade não chegava. O Benfica parecia ter o controlo dom jogo, mas sofreu mais uma baixa, quando Tiago Gouveia, que tinha entrado na primeira parte, também saiu lesionado, com muitas queixas num braço. Entrou Arthur Cabral que, na primeira oportunidade, cabeceou à trave. Era mesmo noite de golo único.

O Benfica procurou um segundo golo até ao último instante da partida, Arthur Cabral ficou a centímetros de festejar, mas este acabou por não chegar. A verdade é que o Estrela nunca colocou verdadeiramente em causa a vantagem curta dos encarnados e chegou ao final do jogo sem conseguir fazer um remate à baliza de Trubin.

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