71% dos consumidores planeiam fazer compras online durante a Black Friday e 70% irão procurar ativamente ofertas durante a Cyber Week. A Google também revela que 20% das despesas de férias ocorrem nos 10 dias que antecedem o Natal.
O estudo “Putting the AI in retail 2024”, da NP Digital, resume as expectativas dos consumidores durante esta época de máxima pressão publicitária e mostra como as satisfazer, ou mesmo ultrapassar, com a melhor estratégia de marketing digital, na qual entra, naturalmente, um aliado essencial: a inteligência artificial. Estas são algumas das recomendações feitas neste relatório:
IA nos sítios Web
Incorporar funcionalidades de IA nos nossos sítios Web pode gerar benefícios significativos:
Conceber uma experiência de utilizador (UX) mais dinâmica, personalizando ainda mais a interação com os utilizadores, o que pode multiplicar o retorno do investimento em marketing por 5 a 8 vezes e aumentar as vendas em mais de 10%.
Aumentar as conversões através da otimização do processo de conversão programática (CRO).
Ouvir os utilizadores para obter rapidamente a informação que procuram, optimizando as descrições dos produtos com base no feedback mais comum dos consumidores.
Integrar tecnologias como a realidade aumentada ou as experiências virtuais, que permitem aos compradores visualizar os artigos na vida real sem sair de casa. Estima-se que estas tecnologias podem aumentar as vendas até 30% e reduzir as devoluções em 20%.
Utilizar chatbots e assistentes virtuais alimentados por IA, que podem lidar com uma variedade de tarefas, criando uma experiência de cliente mais direta e envolvente.
IA nas campanhas de marketing por correio eletrónico
O marketing por correio eletrónico influencia 59% das decisões de compra. Embora a taxa média de abertura seja de 16,97% em todos os sectores, a IA pode ajudar a melhorar estes números. Os sistemas de IA estão a revolucionar o marketing por correio eletrónico, optimizando os tempos de envio e personalizando o conteúdo para aumentar o envolvimento e as taxas de conversão, reduzindo o abandono do carrinho. Além disso, a IA permite gerar e testar múltiplas variações de linhas de assunto de correio eletrónico e adapta-se às preferências individuais dos utilizadores ao longo do tempo.
A IA é também essencial para a análise preditiva, automatizando os testes A/B e analisando o desempenho das campanhas.
IA nos anúncios
De acordo com uma análise efectuada pela NP Digital, a criatividade gerada por humanos superou a criatividade gerada por IA em 68,3% das vezes. No entanto, a IA foi capaz de melhorar as taxas de conversão em 75,7%. Esta análise envolveu a execução de diferentes conjuntos de anúncios do Facebook para 28 empresas, pegando nas variações vencedoras criadas por humanos e permitindo que a IA gerasse várias versões das mesmas. As variações criadas pela IA ganharam 75,7% das vezes, demonstrando que, ao aplicar a IA ao criativo dos anúncios, a conversão aumenta significativamente.
IA em campanhas nas redes sociais
As redes sociais tornaram-se o novo motor de busca. 80% dos utilizadores descobrem novos produtos em plataformas como o Instagram, o TikTok e o YouTube graças a hashtags, publicações de influenciadores ou vídeos. Este Natal, prevê-se que 20% dos consumidores comprarão presentes através das redes sociais. A NP Digital recomenda que se tire partido das ferramentas de IA que cada plataforma oferece.
No TikTok, por exemplo, pode utilizar o Symphony Creative Studio, que gera vídeos cativantes que destacam produtos, com locuções em vários idiomas.
Para as campanhas de marketing de influenciadores, a IA ajuda a encontrar os parceiros mais adequados, a personalizar o conteúdo, a prever o desempenho da campanha e a otimizar em tempo real. Além disso, os chatbots desempenham um papel importante, uma vez que as conversas através de plataformas como o Facebook Messenger geram um retorno do investimento (ROI) 30% superior ao dos anúncios de redireccionamento.
IA na descoberta de produtos
Para que uma marca seja mencionada por modelos de IA como o ChatGPT, a NP Digital identificou seis factores-chave: relevância, menções à marca, críticas, histórico, autoridade e recomendações. Recomendam também que se concentre na pesquisa por imagem e por voz, permitindo que os utilizadores interajam com os motores de busca de uma forma mais natural, utilizando linguagem falada e imagens em vez de texto escrito. Cinquenta por cento dos consumidores norte-americanos utilizam assistentes de voz diariamente e o Google Lens processa mais de 10 mil milhões de pesquisas visuais por mês.
Para otimizar as estratégias de pesquisa por voz, pode utilizar palavras-chave coloquiais, visar empresas locais (76% das pesquisas por voz são locais) e adaptar o texto do anúncio para ser claro e direto, adequado para ser lido em voz alta pelos assistentes virtuais.
Em termos de pesquisa visual, é aconselhável tirar partido dos anúncios dinâmicos, explorar ferramentas como o Performance Max da Google e efetuar uma segmentação avançada com base na utilização anterior de tecnologias como o Lens ou o Pinterest.
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