Bruxelas recua em proposta sobre pesticidas para travar bloqueios de agricultores

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Bruxelas promete apresentar, depois do verão, outra solução para reduzir os riscos dos produtos químicos fitofarmacêuticos. O anúncio foi feito pela presidente do Executivo comunitário, esta terça-feira, no Parlamento Europeu de Estrasburgo.

Num debate dedicado às conclusões da cimeira extraordinária da semana passada, Ursula von der Leyen admitiu que "só se atingirmos juntos os nossos objetivos climáticos e ambientais é que os agricultores poderão continuar a ganhar a vida. Os nossos agricultores estão bem cientes disso e deveríamos confiar mais neles".Ursula von der Leyen quis também demonstrar que tem ouvido as queixas do setor agrícola sobre as apertadas metas ambientais, ao admitir que "enquanto o Conselho Europeu estava reunido, os agricultores de toda a Europa saíram à rua. Muitos deles sentem-se empurrados para um canto, (mas) os agricultores são os primeiros a sentir os efeitos das alterações climáticas".

A presidente da Comissão Europeia admitiu a necessidade de mais diálogo e uma abordagem diferente para alcançar "uma nova proposta muito mais amadurecida com a participação das partes interessadas".

No final do verão, depois de diálogo com o setor agroalimentar, vai ser apresentado um relatório que vai servir de base para a "futura política agrícola" da UE.

Ursula von der Leyen defende que "uma proteção eficaz da natureza deve oferecer incentivos generosos à intervenção. Os agricultores precisam de um argumento comercial válido para as medidas de proteção da natureza e talvez não o tenhamos apresentado de forma convincente”. Ou seja, “é necessário um verdadeiro incentivo que vá para além da mera perda de rendimento e os subsídios públicos podem proporcionar esses incentivos”.

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