Após a descoberta, estes e-mails foram prontamente enviados para a Comissão Parlamentar de Inquérito, onde o chefe da Casa Civil e a assessora de Marcelo foram esclarecer factos. Estes e-mails não desmentem versões apresentadas aos deputados.
Foram encontrados os dois e-mails perdidos da Presidência da República e nunca enviados para o Ministério Público e Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, relativos ao designado caso das gémeas luso-brasileiras que receberam tratamento em Portugal.
O líder do Chega, André Ventura, tinha levantado a questão da troca de e-mails estar incompleta e confusa. “O Presidente pede a Frutuoso de Melo que veja o caso e depois só há o e-mail da dra. Maria João Ruela para Nuno Rebelo de Sousa. Não temos, ou do Presidente ou de Frutuoso de Melo, para si”, atirou Ventura.
Maria João Ruela admitiu “procurado toda a caixa de correio” e não ter encontrado mais e-mails do que os apresentados. No entanto, havia mais e-mails na caixa de correio.
A Presidência da República enviou um ofício ao Parlamento a informar que a assessora de Belém tinha encontrado duas correspondências perdidas. Segundo a “CNN Portugal”, Maria João Ruela terá encontrado o e-mail com o reencaminhamento do pedido feito por Marcelo Rebelo de Sousa ao chefe da Casa Civil, Frutuoso de Melo, para ver o caso das gémeas.
Outra comunicação, datada de 30 de outubro de 2019, mostra a ordem final do chefe da Casa Civil para a assessora a encaminhar a situação das gémeas para o primeiro-ministro, então António Costa. No corpo do e-mail, indica a publicação, está uma notícia de que o Governo estava disponível para ajudar um bebé luso-descendente a viver no Canadá, precisamente com a mesma doença das gémeas brasileiras: Síndrome de Huntchinson-Gilford.
Apesar dos e-mails estarem agora a surgir, nada compromete a versão já contada por Frutuoso de Melo e por Maria João Ruela aos deputados na Assembleia da República.
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