Cinco operadores em Portugal "seria o ideal", diz nova presidente da Anacom

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A presidente da Anacom, Sandra Maximiano, acredita que ter cinco operadores no mercado português "seria o ideal" em termos de concorrência. 

"Cinco empresas seria o ideal, seria bom, mas já é difícil para o mercado português", afirmou, numa entrevista à rádio Renascença, assumindo, contudo, que seria difícil para as empresas rentabilizar o investimento. 

Também o seu antecessor, João Cadete de Matos, defendeu durante o seu mandato a necessidade de mais operadores no mercado, para fomentar a concorrência. Algo com que as principais empresas em Portugal - Nos, Meo e Vodafone - discordam. No último congresso da APDC, em maio de 2023, este foi, aliás um do temas em foco. 

Mas a entrada da Digi já será suficiente para mexer com os preços, considera a nova presidente do regulado das comunicações. "A Digi vai entrar com uma grande ambição, com produtos que são mais baratos, para preencher também esta lacuna no mercado, e isso vai criar reação nos outros operadores", disse.

A Digi prevê entrar no mercado este ano, não existindo ainda uma data fixa para que tal aconteça. Mas, seguramente, diz Sandra Maximiano, não passará de 2024. 

"Esperamos que a Digi cubra a falta de pacotes com menos produtos, ofertas direcionadas a públicos mais jovens que não pretendam telefone fixo, ofertas mais customizadas que permitam pagar o que a pessoa realmente consome", detalhou.

Não são conhecidos detalhes sobre o tipo de produto e preço que a Digi vai oferecer, mas, nos outros mercados em que entrou, como Espanha, a estratégia tem passado por ofertas mais competitivas. 

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