Companhias aéreas mundiais com ano recorde, mas ações não descolam

3 meses atrás 89

O sector da aviação prevê alcançar novos recordes este ano, tanto a nível de passageiros como de receitas. Mas estas previsões não estão a animar as ações das maiores companhias aéreas mundiais, com a maioria a registar quedas desde o início do ano.

As companhias áreas mundiais preveem alcançar novos recordes com quase cinco mil milhões de voos agendados e perto de um bilião de receitas estimadas para este ano. Ainda assim, a maioria das ações das empresas do sector continua a perder valor e a ficar aquém do mercado.

“Embora a procura global por voos esteja mais forte do que nunca, os investidores continuam preocupados com o desempenho das companhias aéreas, com muitas a perderem milhares de milhões de dólares em valor das ações ao longo dos últimos meses”, refere um comunicado divulgado esta segunda-feira.

De acordo com dados divulgados pela AltIndex.com, seis das 10 maiores companhias aéreas em capitalização bolsista registaram uma descida no valor das suas ações desde o início do ano. A Air China e a Ryanair foram as companhias aéreas que registaram as perdas mais acentuadas.

“Embora a segunda maior companhia aérea do mundo em capitalização bolsista, a Ryanair, seja muito boa a gerar lucros, as incertezas geopolíticas e a nível da indústria no próximo ano, incluindo atrasos na entrega do Boeing 737MAX, fizeram com que o preço das ações da empresa caísse”, refere o mesmo comunicado.

No ano fiscal terminado em março deste ano, a Ryanair reportou o lucro líquido mais elevado de sempre, de 1,92 mil milhões de dólares, e o maior número de passageiros de sempre, de 184 milhões, uma subida de 24% face ao ano fiscal de 2020. Mas isso não impediu a empresa de perder 4,5 mil milhões de dólares em valor de mercado desde o início do ano, numa queda a rondar os 14%, indica.

Já a Air China viu o valor das suas ações a cair 19% desde o início do ano. Apesar de os resultados da empresa revelarem um crescimento significativo e uma recuperação face a anos anteriores, nomeadamente um aumento do número de passageiros e carga, o valor dos títulos recuou em dois mil milhões de dólares nos últimos seis meses.

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