Democrata defende "retoma imediata" do financiamento dos EUA à UNRWA

7 meses atrás 103

"Cortar o apoio à UNRWA, a principal fonte de ajuda humanitária para mais de dois milhões de habitantes de Gaza, é inaceitável", defendeu a congressista da Câmara dos Representantes (câmara baixa) na sua conta na rede social X.

Os Estados Unidos suspenderam as suas contribuições depois de ter sido revelado que até doze trabalhadores da UNRWA podem ter participado no ataque das milícias palestinianas em território israelita, em 07 de outubro.

"Arriscar a vida de milhões de pessoas com fome devido a acusações contra doze trabalhadores de uma organização que conta com 13 mil funcionários humanitários da ONU é indefensável. Os Estados Unidos deveriam restaurar a ajuda imediatamente", sublinhou ainda.

Outras vozes do Partido Democrata também criticaram o apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel, como o senador Bernie Sanders.

"O governo de direita de Netanyahu está a condenar o povo palestiniano à fome", realçou Sanders em 25 de janeiro, também no X.

"Além dos bombardeamentos indiscriminados, Israel impõe duras restrições e impede a entrega de ajuda humanitária essencial. Os Estados Unidos devem usar todo o seu peso para acabar com esta guerra horrível", acrescentou.

Os Estados Unidos estão entre os 16 países que congelaram as suas contribuições a esta agência da ONU, enquanto alguns aguardam o desenrolar das investigações para decidir o caminho a seguir.

Washington foi o primeiro a tomar esta medida, seguido pelo Canadá, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Países Baixos, Áustria, Alemanha, Itália, França, Suíça, Roménia e Japão, como bem como os três países bálticos.

Por seu lado, a Comissão Europeia (CE) adiantou hoje que tomará as próximas decisões à luz da investigação iniciada a este caso pela ONU.

Dos outros grandes doadores - com contribuições superiores a 10 milhões de dólares por ano - apenas a Espanha, a Noruega, a Suécia, a Dinamarca e a Bélgica mantêm as suas contribuições, tal como a Arábia Saudita, o Qatar e o Kuwait, que não adotaram medidas imediatas, embora continuem atentos aos resultados das investigações abertas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu à comunidade internacional que não suspenda o seu apoio à agência, uma vez que "os alegados atos horrendos destes funcionários devem ter consequências", mas também há "dezenas de milhares de pessoas", cerca de 30 mil, que trabalham e que não devem ser penalizados.

Este pedido foi apoiado por vinte das mais importantes ONG humanitárias, que alertam que se estas suspensões não forem revertidas poderá ocorrer "um colapso completo da já restrita resposta humanitária em Gaza".

Espanha já garantiu que não modificará a sua relação com a agência da ONU, embora esteja a acompanhar o desenvolvimento da investigação.

Já a Arábia Saudita pediu um reforço dos "procedimentos de revisão e investigação" relativamente a estes acontecimentos, lembrando "a repercussão internacional" que este assunto está a ter.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, cancelou uma reunião com o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, e apelou à sua demissão por alegado apoio ao terrorismo.

O grupo islamita Hamas atacou Israel em 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.200 israelitas. O Governo de Israel iniciou, então, uma guerra para travar os combatentes do movimento palestiniano na Faixa de Gaza.

Leia Também: EUA e França condenam manifestação pelo regresso dos colonatos a Gaza

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