Dependência dos ‘Sete Magníficos’ cai em Wall Street

As grandes empresas de tecnologia americanas dominaram o mercado de ações de Nova Iorque no ano passado. Os ‘Sete Magníficos’ – Microsoft, Apple, Amazon, Alphabet, Meta, Tesla e Nvidia – impulsionaram fortemente os ganhos de Wall Street no ano que passou e os analistas chegaram mesmo a temer uma dependência excessiva das grandes cotadas.

No entanto, segundo a análise do “Cinco Días”, tudo mudou nos últimos meses. É que, 33% das empresas que compõem o índice S&P500 encontram-se em máximos históricos, sendo um sinal positivo para os investidores.

De facto, os dados mostram que o desempenho dos Sete Magníficos representou quase 80% do geral do mercado de ações dos EUA. Face a 2022, o S&P500 verificou um aumento de 24%, o que, excluindo as sete grande cotadas, representaria apenas um aumento de ‘apenas’ 15%.

O fator Inteligência Artificial impulsionou fortemente o preço das ações dos Sete Magníficos, nomeadamente da Microsoft, que recentemente ultrapassou a Apple como a empresa mais valiosa do mundo. A Microsoft conseguiu esta subida devido ao investimento na OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, enquanto a Amazon e Alphabet viram as ações crescerem pelos seus serviços de armazenamento e computação na cloud, a Apple com a sua própria proposta de Inteligência Artificial e a Tesla com a gestão dos dados de condução.

Os analistas acreditam que a dependência vai continuar a descer. Helen Jewell, diretora de investimentos da BlackRock Fundamental Equities, acredita numa menor dependência dos sete grandes nos próximos meses. “Vamos observar ganhos generalizados, e não concentrados em poucos nomes. Mesmo os Sete Magníficos têm diferenças importantes, em que alguns têm resultados mais robustos e estáveis”, apontou.