Dimensão do conhecimento

2 horas atrás 17

Primeiro, noticiámos que a EDP, o maior grupo português e a maior empresa cotada na bolsa portuguesa, procura crescer, através de uma fusão, para escapar à cobiça de protagonistas financeiros com outro arcaboiço, que olham para ela com apetite, principalmente pelo peso que tem no mercado das renováveis nos Estados Unidos da América.

Agora, foi o BCP, o maior banco português e o último resistente à espanholização do setor, se excluirmos a CGD e mantendo a dúvida sobre o futuro do Novobanco. Miguel Maya quer seduzir os acionistas, garantindo-lhes uma boa remuneração, para evitar que sejam convencidos a vender.

São dois exemplos da dimensão do país, diminuta face a outros mercados que conseguem criar negócios com uma outra capacidade e outro músculo financeiro.

Sem conseguirem adquirir escala, as empresas portuguesas são incapazes de ombrear com as suas concorrentes no crescimento por aquisição e, mesmo, de garantir a sua independência no mercado de origem.

Portugal é um país de micro, pequenas e médias empresas, especialmente das primeiras, mas o drama é que o número de grandes empresas é diminuto e mesmo estas, se olharmos para o quadro europeu em que nos integramos, são negócios de média dimensão, presas de predadores maiores.

O problema português é de dimensão, mas também de cultura e de falta de literacia financeira, pelas críticas que vemos aos lucros de milhões sem perceber qual é a rendibilidade dos negócios, que, na maioria das vezes, é baixa, até pelas contingências do mercado. Este problema só se resolve com aquisição, mas de conhecimento.

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