«Durante dois ou três dias não falei com ninguém, só marcava jogos»: o estádio 100 de Carlos Matos Rodrigues

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Todos precisamos de um lugar seguro para guardar memórias. A mente, trapaceira como é, tende a pregar-nos rasteiras. Será que sim? Quando é que foi? Não tenho a certeza.  

Perguntas que não raras vezes colocamos a nós próprios, incertos sobre os detalhes que contam, no fundo, a nossa história de vida. Com o zerozero, a memória futebolística de cada um pode ser guardada; sem imprecisões nem incertezas. 

Desde 2018 que a ferramenta “Eu estive lá” permite a todos os utilizadores, sem exceção, registar os jogos em que estiveram presentes «in loco» (na seção "Minha área"). E, com isso, todo um rol de memórias. Jogadores, treinadores, golos, países e estádios.  

E é sobre este último registo que conta a história de Carlos Matos Rodrigues, jornalista da Sport TV. 

Número redondo em Frankfurt

Com mais de 1.400 jogos assistidos – pessoal e profissionalmente –, o repórter televisivo tem no zerozero e no “Eu estive lá” um aliado indispensável na tarefa de preservar os registos futebolísticos de uma vida com 36 anos, 16 dos quais dedicados ao jornalismo.  

Em Frankfurt, esta segunda-feira, no momento em que Portugal defrontar a Eslovénia, nos oitavos de final do Campeonato da Europa, Carlos Matos Rodrigues vai «pisar» o 100.º estádio. E foi, simbolicamente, no relvado do Waldstadion, casa do Eintracht Frankfurt, que o zerozero falou com o jornalista da Sport TV. 

«É o meu estádio número 100. Desde que vocês, no zerozero, me incentivaram a marcar os jogos que vou fazendo ao longo da carreira, comecei a fazer esse trabalho. E dá-se a curiosidade, em pleno Europeu, que no Portugal - Eslovénia, aqui na Arena de Frankfurt, este seja o meu 100.º estádio diferente na carreira», conta. 

qÉ giro, porque permite ir descobrindo certas curiosidades: o treinador e o jogador que vi mais vezes, quem fez mais golos, os estádios onde estive mais vezes

Carlos Matos Rodrigues, jornalista Sport TV

O número redondo chega, portanto, na Alemanha. Dos bilhetes guardados e das credenciais amontoadas, Carlos Matos Rodrigues encontrou no “Eu estive lá” a forma ideal para, agora, poder celebrar este marco importante. 

«Sem dúvida. Até porque colecionar credenciais torna-se difícil. Claro que tenho algumas guardadas, as mais especiais, mas lembro-me que houve uma altura que já começava a ser tralha a mais lá em casa», recorda. Por isso, é melhor assim; marca-se no site e já está», diz. 

Disponível desde agosto de 2018, a ferramenta do zerozero acabou por reclamar a atenção de milhares de utilizadores nos primeiros tempos. Carlos Matos Rodrigues não foi diferente: «Eu lembro-me que a primeira vez eu ia nos 700 e tal jogos e foi muito complicado. O Ivo Costa, que trabalha na secretária ao meu lado, chegou a dizer que eu durante dois ou três dias não falei com ninguém, que só marcava jogos e andava no site à procura das épocas », recorda, bem-disposto. 

«Daí para a frente tem sido muito simples. Na segunda-feira a seguir a cada jornada vou ao site e marco os jogos todos que fiz na semana anterior. E é ir somando e acabo agora por chegar a este número redondo», acrescenta o jornalista da Sport TV

Mas o “Eu estive lá” é muito mais do que um mero cacifo para arrumar jogos assistidos. É uma viagem detalhada pela maior base de dados do mundo, a do zerozero. «É giro, porque permite ir descobrindo certas curiosidades: o treinador que vi mais vezes, o jogador que vi mais vezes, quem fez mais golos, os estádios onde estive mais vezes... Uma série de coisas que são apenas curiosidades, mas que são giras para nós.» 

Os estádios mais marcantes

E com o 100.º estádio «à porta», a pergunta impõe-se: qual o mais marcante? 

«Digo-te dois, por razões diferentes. O estádio de Lusail, no Catar, porque vi aquela final louca entre França e Argentina. Foi absolutamente inesquecível; pelo jogo, pela envolvência, pela forma como o jogo decorreu e por ser uma final do Campeonato do Mundo. Foi a primeira vez que estive. Já tinha estado noutros Mundiais, mas uma final foi ali a primeira vez», começa por contar Carlos Matos Rorigues

«A nível de ambiente, o estádio que mais me impressionou foi o Ibrox. Fui fazer um jogo do Braga, nos quartos de final da Liga Europa. O Braga é eliminado no prolongamento depois de jogar muito tempo com menos um jogador; o Rangers marca logo no primeiro minuto e o estádio parecia que ia explodir. Esse momento foi, de facto, impressionante», termina. 

Do estádio 100 do jornalista da Sport TV às memórias de todos os utilizadores do zerozero. O “Eu estive lá”... está lá, acessível e fácil, para que todos possam registar as memórias de dias e noites a celebrar o futebol. 

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