Esquerda sai à rua com os milhares que protestam pelo direito à habitação

7 meses atrás 76

Nuno Amaral - Antena 1

Foram várias as forças de esquerda que engrossaram este sábado o protesto convocado pela plataforma Casa Para Viver em nome do direito à habitação, uma saída à rua de milhares de pessoas em pelo menos 19 cidades do país. Notada está a ser até ao momento a ausência de representantes da direita portuguesa - PSD, IL ou Chega - e também do PS.

(em atualização)

Milhares de pessoas saíram este sábado à rua em 19 cidades do país para um protesto pelo direito à habitação num momento que o stor atravessa uma inflação nos preços das casas e das rendas que atira principalmente uma parte da nova geração para os lares de proveniência - a casa dos pais.

O protesto foi organizado pelo coletivo de mais de 100 associações - terceira pelo direito à habitação organizada pela Casa Para Viver - e vai levar uma onda humana a pelo menos 19 cidades: Albufeira, Aveiro, Beja, Benavente, Braga, Coimbra, Covilhã, Évora, Faro, Funchal, Lagos, Leiria, Lisboa, Portalegre, Portimão, Porto, Setúbal, Sines e Viseu.

"Não desistimos", escreve nas redes sociais o coletivo que já levou milhares à rua em abril e setembro do ano passado, para deixar bem claro que exigem que "o próximo governo precisa de ter como meta principal a resolução da crise da habitação".

A plataforma defende medidas como baixar as prestações das casas; baixar e regular as rendas e prolongar a duração dos contratos; pôr fim aos despejos sem alternativa de habitação; colocar no mercado, de imediato, os imóveis devolutos de grandes proprietários, fundos e empresas; aumentar o parque de habitação pública, entre outros.

Os organizadores não esquecem que pretendem tornar o tema num dos epicentros da campanha eleitoral das legislativas que se aproximam. São também assim propostas que encontram eco nos partidos que se uniram ao protesto, e com os quais a RTP teve oportunidade de falar, como sendo BE, PCP, Livre e PAN, e também a CGTP.

No Porto, este protesto convocado pela Casa Para Viver apontou à Avenida Almirante Reis, junto à Alameda Dom Afonso Henrique, onde foram desenroladas as faixas e os cartazes de várias associações. Foi aí que a RTP falou com Rui Tavares, líder do Livre, este fim de semana em congresso na Invicta. Rui Tavares interrompeu por umas horas o congresso do partido no Porto para defender a sua proposta de um fundo de emergência que aponte, por exemplo, a pessoas que trabalham e que são apesar disso sem-abrigo.

Numa proposta com a mira virada à banca, a coordenadora bloquista Mariana Mortágua sugere que se ponha a Caixa Geral de Depósitos a liderar um movimento descendente de taxas de juro do crédito á habitação na banca portuguesa.###1546432 ###

Também a marcar presença na manifestação pela defesa do direito à habitação, no caso em Lisboa, a líder do PAN pediu medidas de curto prazo, como o alívio da carga fiscal, revisões dos escalões de IRS e a colocação de mais habitação no mercado. Inês Sousa Real criticou a "inércia por parte do Estado" na crise da habitação.

Sobre a crise política na Madeira, a líder do PAN reiterou que o partido está disponível para garantir a estabilidade governativa, "mas com outra cara e outra liderança a nível regional".

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