EUA dão 4,6 milhões pela detenção de acusado de crimes de guerra no Sudão

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O anúncio diz respeito a Ahmed Haroun, procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na região de Darfur, no oeste do Sudão, entre 2003 e 2004, segundo o Departamento de Estado norte-americano.

"É crucial que o Sr. Haroun seja encontrado e levado perante o TPI para enfrentar as acusações contra ele", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, num comunicado.

O porta-voz acrescentou que "existe uma ligação clara e direta entre a impunidade dos abusos cometidos durante o regime de Bashir, incluindo aqueles de que o Sr. Haroun é acusado, e a violência no Darfur atualmente".

Em abril passado, pouco depois do início da guerra entre o exército sudanês e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), Haroun anunciou que tinha fugido da prisão de Kober, em Cartum, juntamente com outros antigos funcionários do regime de Bashir.

O conflito causou a morte de mais de 13.000 pessoas, segundo uma estimativa muito subestimada da ONG Armed Conflict Location and Event Data Project (Acled), e mais de sete milhões de deslocados, segundo a ONU.

Haroun foi ministro durante o regime de Bashir e governador do estado sudanês do Cordofão do Sul.

O Procurador-Geral do TPI afirmou hoje, perante o Conselho de Segurança da ONU, que chegou a "conclusões claras" de que "existem motivos para acreditar que estão a ser cometidos crimes ao abrigo do Estatuto de Roma no Darfur pelas forças armadas sudanesas e pelas Forças de Apoio Rápido e grupos afiliados".

Karim Khan manifestou também a sua preocupação com o risco de o conflito do Darfur ser relegado para o esquecimento devido à proliferação de conflitos em todo o mundo.

"Se isso acontecer, será a segunda vez que o povo do Darfur será prejudicado, que a humanidade como um todo falhou, e não devemos permitir que isso aconteça coletivamente", disse ao Conselho de Segurança.

Leia Também: Procurador do TPI vê "crimes do Estatuto de Roma" cometidos no Darfur

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