Família do antigo presidente da Samsung vende ações da empresa para pagar herança

9 meses atrás 67

Na Coreia do Sul, as heranças estão sujeitas a um imposto de 50%. Neste caso, a família do falecido Lee Kun-hee terá que pagar 9 mil milhões de dólares ao Estado.

O antigo presidente da tecnológica Samsung Eletronics, Lee Kun-hee, era o homem mais rico da Coreia do Sul, com uma fortuna avaliada em 20,7 mil milhões de dólares (avaliação da Bloomberg, correspondente a 18,9 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), quando faleceu, em outubro de 2020. Porém, a família não vai poder fazer uso da mesma sem antes pagar uma pesada carga fiscal.

Dita a lei sul-coreana que as heranças estão sujeitas a um imposto na ordem de 50%, o segundo maior em todo o mundo (só atrás do imposto japonês), o que significa que a família deverá desembolsar cerca de 12 biliões de won (divisa sul-coreana). Um valor que, mediante a taxa de câmbio atual, corresponde a 8,29 mil milhões de euros.

Para tal, a viúva de Kun-hee e as duas filhas já venderam ações da Samsung num valor acumulado que ronda os dois mil milhões de dólares (1,82 mil milhões de euros).

Isto porque, na Coreia do Sul, todos os beneficiários, incluindo os próprios filhos do falecido, têm o dever de pagar um imposto sobre a herança (ao contrário do que acontece em Portugal, onde os filhos estão isentos), que é o segundo mais elevado em todo o mundo, só atrás do imposto japonês para o mesmo efeito.

“É nosso dever e responsabilidade pagar todas as taxas”, referiu a família em 2021, tendo acrescentado que “o imposto sobre a herança é um dos maiores de sempre na Coreia do Sul e globalmente”.

Ler artigo completo