Fed inicia última reunião do ano e pode deixar taxas de juro inalteradas

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A Reserva Federal (Fed) inicia hoje a sua última reunião de 2023, com economistas e analistas a anteciparem que poderá haver uma nova pausa na subida das taxas de juro, como nas duas reuniões anteriores.

Segundo a FedWatch da consultora CME Group, 98,4% dos analistas consideram que a Fed não vai subir as taxas de juro nesta reunião, deixando-as entre 5,25% e 5,50%, o nível atual, que é o mais alto desde 2001.

Desde março de 2022, o banco central norte-americano aprovou 11 subidas das taxas e juro para travar a inflação, quatro das quais este ano, mas nas duas últimas reuniões optou por deixá-las inalteradas.

Hoje, o comité de política monetária começa a debater se será apropriado decidir uma nova subida e na quarta-feira o presidente da Fed, Jerome Powell, explica a decisão.

Pouco antes do início da reunião, foi anunciado que a inflação homóloga nos Estados Unidos abrandou em novembro para 3,1%, menos uma décima em relação a outubro, devido à descida dos preços da energia, segundo o índice CPI publicado hoje pelo Departamento do Trabalho.

Em relação ao mês anterior, os preços no consumidor subiram 0,1%.

A inflação subjacente, que exclui os preços da alimentação e da energia por serem mais voláteis, permaneceu estável em 4%, o nível mais baixo em mais de dois anos.

"Acreditamos que a Reserva Federal entrou num período de taxas altas durante algum tempo, que provavelmente se prolongará pelo menos até à segunda metade de 2024", indicou Debbie Cunningham, da gestora de fundos Federated Hermes, citada pela agência Efe.

No passado dia 01, o presidente da Fed afirmou que ainda é muito cedo para antecipar uma descida das taxas de juro e disse que o banco central norte-americano está pronto para uma nova subida, se for necessário.

"Seria prematuro concluir com segurança que já atingimos um nível suficientemente restritivo ou especular sobre o momento em que a política [monetária] será flexibilizada", declarou Jerome Powell, num colóquio em Atlanta (Geórgia, Estados Unidos).

O aumento das taxas pretende tornar o crédito mais caro para famílias e empresas para abrandar o consumo e o investimento, o que permite aliviar a pressão sobre os preços.

Mas são necessários meses para que as ações da Fed tenham efeito na economia real.

"Os efeitos em pleno do nosso aperto monetário provavelmente ainda não foram sentidos", afirmou Jerome Powell na mesma ocasião.

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