“Fraco crescimento” pode “perturbar políticas de investimento governamentais”, alerta relatório

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Esse enquadramento “pode contribuir para o aumento dos riscos de crédito, da cadeia de abastecimento e de interrupção da atividade das organizações”, perspectiva o “Relatório de Risco Político” elaborado pela Marsh.

O provável fraco crescimento económico em geografias avançadas como as europeias poderá condicionar as políticas de investimento governamentais, de acordo com as conclusões do “Relatório de Risco Político” elaborado pela Marsh, empresa de consultoria de risco e corretagem de seguros.

Este estudo revela as principais tendências do atual cenário político e económico global, que terão impacto nas multinacionais e nos investidores no próximo ano.

“As frágeis condições macroeconómicas na sequência das eleições de 2024”, destaca o relatório, “serão ainda mais acentuadas pelos elevados níveis de endividamento das empresas e governos. Sublinha a Marsh que “este facto, aliado a um potencial fraco crescimento em geografias avançadas, poderá perturbar as políticas de investimento governamentais”.

Nesse sentido, expressa este relatório que esse enquadramento “pode contribuir para o aumento dos riscos de crédito, da cadeia de abastecimento e de interrupção da atividade das organizações”.

A Marsh Speciality traça neste relatório o cenário de “incerteza a longo prazo”, fruto de 2024 ser o maior ano eleitoral a nível mundial, e que resulta da “concorrência macroeconómica e da insegurança geopolítica”: “Estes fatores deverão criar uma divergência económica ainda mais acentuada entre diferentes setores e economias, a par de uma intervenção governamental crescente e da frequência cada vez maior de conflitos imprevisíveis”.

Apesar de um cenário de “contínua incerteza e volatilidade”, as organizações “podem beneficiar de oportunidades significativas de crescimento global, desde que estes riscos sejam geridos de forma eficaz”.

E quanto às preocupações dos milhões de eleitores que vão votar este ano, a Marsh projeta como “expectável” que se concentrem em preocupações económicas internas e de segurança internacional. “Além disso, o uso de inteligência artificial enquanto arma por grupos não-estatais, estados adversários, políticos e indivíduos para amplificar a desinformação e a informação falsa irá exacerbar ainda mais a incerteza política e os riscos de conflito para organizações e investidores”, sublinha o relatório.

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