Goldman Sachs estima lucros de 2,8 mil milhões de euros no Santander para o 4º trimestre

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Para o fim do ano o banco norte-americano espera uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 11,3%. Já a rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) deverão ter ficado acima dos 15%

O Goldman Sachs atualizou as estimativas para o Santander antes da apresentação de resultados do quarto trimestre agendada para 31 de janeiro. Para o fim do ano o banco norte-americano espera uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 11,3%. Já a rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) deverão ter ficado acima dos 15%.

“Esperamos que o Santander atinja sua meta ROTE para 2023 de mais de 15%, com um lucro líquido de 2,8 mil milhões de euros no 4ºtrimestre, 9% à frente dos dados de consenso do Visible Alpha.

O que surge na sequência de tendências geralmente robustas nas receitas core e custos de crédito amplamente em linha com a meta do grupo bancário espanhol para o acumulado do ano (isto é abaixo de 120 pontos base), o que compensa vários itens negativos no quarto trimestre, incluindo uma notável deterioração da margem financeira na operação do Reino Unido (em dezembro, a administração assinalou uma dinâmica adversa que conduziu a pressões sobre as margens e a volumes mais baixos no próximo ano); o impacto da desvalorização do peso argentino, que os analistas estimam em cerca de 180 milhões de euros no quarto trimestre; novos factores negativos no crédito hipotecário em francos suíço no banco polaco, também no quarto trimestre, e que o Goldman Sachs calcula em de cerca de 190 milhões; e a sazonalidade típica  associada aos custos operacionais e de crédito no 4º trimestre.

No que toca às receitas, os analistas do banco norte-americano dizem esperar 14,7 mil milhões de euros para o trimestre, o que representa um abrandamento de 1% em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 9% em termos homólogos. Isto resulta de uma margem financeira 3% mais fraca em termos trimestrais, impulsionada em grande parte pela Argentina (estimamos que a desvalorização do peso argentino reduz cerca de 600 milhões de euros da margem financeira do quarto trimestre, uma vez que a contabilização da hiperinflação exige que os resultados dos nove meses também sejam reformulados ao último câmbio), e um resultado sequencial mais fraco no Reino Unido — a administração aludiu à dinâmica competitiva desafiadora no Reino Unido, reduzindo a receita da margem financeira para um dígito médio-alto em 2024, com margens mais baixas evidentes já no quarto trimestre.

“Para compensar parcialmente isso, esperamos uma melhoria sequencial contínua da receita de juros em Espanha, Brasil, México e Chile, ao mesmo tempo em que prevemos uma recuperação nas receitas comerciais no Centro de Empresas, dado que o grupo Santander sinalizou que estava a antecipar a mudança do Regional Health Departments (ARS) de cerca de 370 no 3º trimestre para para cerca de 700 no quarto trimestre.”, lê-se no relatório.

No que toca aos custos operacionais e custo do risco de crédito o Goldman Sachs ajustou “à recuperação sazonal típica no quarto trimestre (nomeadamente nos EUA e no Brasil), juntamente com um impacto no custo do risco de crédito de cerca de 190 milhões de euros para hipotecas em francos suíços na Polónia. Não obstante, esperamos que o Grupo atinja a sua meta de <120 pontos base do CoR para o exercício de 2023”.

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