Goldman Sachs não prevê corte nas taxas no próximo mês de março

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Ao contrário do que chegaram a antecipar os investidores, a reunião desta quarta-feira da Reserva Federal deu indicações de que, em princípio, não haverá qualquer variação das taxas no último mês do trimestre.

Na sua reunião de janeiro das administrações da Reserva Federal (Fed) norte-americana, os seus responsáveis alteraram a perceção da tendência de subida que vinha da reunião anterior, mas, em conferência de imprensa, foi dito que “não se espera que seja apropriado reduzir o intervalo alvo até que se ganhe maior confiança de que a inflação está a evoluir de forma sustentável em direção aos 2%”.

Durante a sua conferência de imprensa, o presidente da Fed, Jerome Powell, pareceu inicialmente sugerir que a barreira para ganhar essa maior confiança ainda não chegou: a confiança tem vindo a aumentar, mas queremos ainda mais”. “Quero ver mais dados positivos”.

Analistas da Goldman Sachs salientam em comunicado que, embora a Fed tenha mudado o foco das taxas de inflação anualizada a seis meses para passar a destacar as taxas anuais, “que é cerca de um ponto percentual mais alta, de 2,9%”, o banco central observou que o nível de inflação está a descer realmente. Um “desenvolvimento muito positivo e um declínio muito rápido” e que “é provável que continue a cair.”

Powell também deixou claro que a administração que dirige não precisa de ver qualquer deterioração da atividade económica ou dados do mercado de trabalho para cortar as taxas diretoras. Expressou ainda preocupação de que o impacto dos elevados níveis atuais possa ser negativo. Mas sê-lo-á de forma temporária.

Para o banco, “tudo parecia abrir a porta para um corte já em março. Mas Powell disse, entretanto, que um corte em março provavelmente não é o caso”. A Goldman Sachs diz, neste contexto, que “vemos esta declaração como um sinal forte, embora Powell não tenha descartado completamente um corte de março. É que o presidente da instituição afirmou que “há riscos que podem acontecer e que nos levariam a ir mais rápido ou mais cedo.”

A Goldman recorda que mais de 50% dos investidores norte-americanos apostaria que as descidas das taxas de juro começariam em março.

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