Guerra obriga Israel a contratar trabalhadores agrícolas em África

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Israel está a contratar trabalhadores agrícolas em África para colmatar a saída em massa de estrangeiros do país na sequência da guerra iniciada a 7 de outubro na Faixa de Gaza, na sequência dos ataques terroristas do Hamas.

Segundo o Governo israelita o conflito originou a saída de mais de 10.000 trabalhadores estrangeiros.

Esta semana, o Quénia enviou 1.500 trabalhadores agrícolas para Israel com contratos renováveis de três anos e um salário mensal de 1.500 dólares.

No Quénua, o salário mínimo é de 136 dólares.

O Quénia segue assim o caminho que começou a ser trilhado pelo Malawi. O governo deste país feslocou, há duas semanas, 221 trabalhadores agrícolas para Israel e planeia enviar mais 5.000.

Como contrapartida, Telavive já disponibilizou uma ajuda financeira ao Malawi no valor de 60 milhões de dólares.

Neste país africano o salário mínimo é de 43 dólares.

Os governos de ambos os países estão a ser criticados internamente por enviarem cidadãos para zonas de potencial risco e nas quais, em resultado da guerra, se colocam desafios de proteção e segurança.

A falta de trabalho empurra o cidadãos africanos, sobretudo os mais jovens, para fora do continente, à procura de melhores condições de vida e outras fontes de rendimento.

O ministro da Agricultura israelita, Avi Dichter, estima que o país necessite entre 30.000 e 40.000 trabalhadores agrícolas.

A agricultura representa 2,4% do PIB (o total do produto é 485,5 mil milhões de dólares) e das exportações do país. Segundos dado oficiais, Israel produz 93% das suas necessidades alimentares.

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