Gustavo Sá contra a monotonia

1 mes atrás 39

Continua o registo imaculado do Famalicão. Os minhotos venceram o Boavista por 1-0, com um golo madrugador. Gustavo Sá assinou uma obra de arte a abrir, com um calcanhar mágico, que chegou para manter o pleno dos famalicenses. O jogo ficou enfadonho e só voltou a ganhar vida dentro do quarto de hora final, com duas oportunidades de golo, negadas por Zlobin.

Início de luxo, que não passou disso

Depois de dois jogos a roçar a perfeição, o Famalicão recebeu o Boavista, vindo de um desaire pela margem mínima no Municipal de Braga. O momento de confiança famalicense fez-se mostrar desde muito cedo. Depois de dois avisos - bolas paradas e um remate de Sorriso por cima da trave -, os da casa adiantaram-se no marcador ao quinto minuto de jogo. Francisco Moura acelerou pelo corredor esquerdo e cruzou atrasado para Gustavo Sá que, de calcanhar, inaugurou o marcador. Que classe jovem português.

Gustavo inaugurou o marcador @Rogério Ferreira / Kapta+

O golo madrugador fez o jogo serenar. O Boavista tentou reorganizar - depois de um início quase desastroso - e começou a condicionar a primeira fase de construção do Famalicão. A pressão alta do Boavista impediu o Famalicão, pouco assertivo no passe, de progredir. Já sem Luíz Júnior, reforço do Villareal, o Fama mostrou mais insegurança na hora de construir desde trás. Mesmo sem criar nada, os boavisteiros colocaram o jogo em banho-maria.

Seguiram-se faltas sucessivas - algumas muito fora de tempo, que valeram três cartões aos forasteiros - e muitas paragens. Até ao intervalo, apenas algumas saídas interessantes de pressão do Famalicão, arruinadas pela má definição dos intervenientes.

Reação tardia de nada valeu

No segundo tempo, a história não começou muito diferente de como acabou o primeiro. Muitas paragens - culpa no cartório para David Silva, que marcou muitas faltas - e pouco futebol de qualidade. O Famalicão tinha a iniciativa, mas não o discernimento, enquanto o Boavista tinha a força de vontade, mas pouco mais do que isso.

Um livre de Reisinho e um remate de fora da área de Zaydou foram as únicas oportunidades dignas desse nome até bem perto do final, retrato de uma segunda parte sonolenta e desinspirada de parte a parte. Nos últimos dez minutos, apareceu o pressing final dos axadrezados. A correr contra o tempo, o Boavista fez tremer por duas vezes o Municipal de Famalicão. Primeiro Bruno,depois João Barros: dois remates perigosíssimos, que contraram com uma resposta cabal de Zlobin, o novo dono da baliza azul e branca.

Os comandados de Armando Evangelista continuam assim o belíssimo início de campeonato, com três vitórias em tantos jogos e ainda com a baliza inviolável.

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