Insolvências em Portugal sobem 14% em 2023

8 meses atrás 56

As micro e pequenas empresas continuam a ser as mais afetadas, detalham os dados da COSEC, sendo que os sectores mais impactados voltaram a ser os dos serviços, da construção e do retalho. Porto e Lisboa continuam a liderar em termos geográficos.

Portugal fechou 2023 com um aumento de 14% nas insolvências em relação ao ano anterior, novamente com maior incidência nas pequenas empresas e nos grandes centros urbanos. Os dados são da COSEC – Companhia de Seguros de Crédito, que estima ainda um crescimento de 1,3% este ano.

Olhando exclusivamente para dezembro, a subida mensal homóloga foi de 0,7%, o que se traduz num aumento anual de 14%. O Porto lidera, seguido de Lisboa, com ambos os centros a registarem aumentos homólogos, detalha a nota da COSEC, sendo que o maior crescimento se verificou em Braga, Madeira e Viseu.

As micro e pequenas empresas continuam a ser as mais afetadas, o que corresponde também às empresas com menor volume de negócios, como seria de esperar. Por outro lado, os sectores mais impactados voltaram a ser os dos serviços, da construção e do retalho.

“Assistimos a um ano de 2023 pautado por várias dinâmicas que originaram alguma incerteza a nível económico. Acreditamos que as tendências de crescimento homólogo nas insolvências possam ainda durar mais algum tempo até estabilizar, mas existem alguns indicadores que dão, para já, alguma expetativa de que possamos caminhar para uma estabilidade maior, como é o caso do crescimento do PIB e até da inflação”, afirma André Granado, administrador executivo da COSEC.

Usando o exercício de projeções da Allianz Trade, a COSEC aponta a um crescimento de 1,3% este ano e um recuo da inflação para 2,4%.

“Contudo, sabemos que 2024 será um ano que começa com a continuidade de conflitos na Europa e Médio-Oriente, assim como com alguma incerteza, uma vez que os países que representam 60% do PIB mundial vão ser chamados às urnas. Acreditamos, por isso, que deve continuar a existir alguma cautela até o cenário económico e político ser mais claro”, completa o representante da COSEC.

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