"Até ao momento, cerca de 300.000 habitantes deslocaram-se para a zona humanitária de Al-Mawassi", a poucos quilómetros de distância, indicou o exército israelita, em comunicado citado pela AFP.
Israel prepara uma ofensiva terrestre naquela localidade sobrelotada, onde vivem cerca de 1,4 milhões de habitantes, a maioria deslocada devido ao conflito.
Na sexta-feira, responsáveis da ONU indicaram que 30.000 pessoas fugiam da cidade de Rafah "todos os dias" e que mais de 110.000 procuraram refúgio em outros locais do estreito território palestiniano devastado por mais de sete meses de guerra.
O exército israelita pretende eliminar os últimos batalhões do Hamas em Rafah, tendo levado a cabo intensos ataques aéreos durante a noite de sexta-feira, especialmente no distrito de Al-Salam, perto do posto de passagem de Rafah, segundo relatos de testemunhas à AFP.
Hoje, o exército lançou um novo apelo aos palestinianos para deixarem bairros adicionais no leste de Rafah e, segundo testemunhas, os moradores estão a preparar-se para partir.
Mais a norte, testemunhas relatam movimentos de pânico em Jabaliya e Beit Lahiya, onde o exército israelita também ordenou evacuações "temporárias".
As ordens de evacuação e o intenso bombardeamento militar no leste de Rafah suscitaram preocupação internacional.
O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, ameaçou parar de fornecer certas armas a Israel, em caso de uma ofensiva em grande escala em Rafah.
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