Jerónimo apela ao povo para "trocar as voltas" aos "construtores de cenários"

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​Legislativas 2024

06 mar, 2024 - 21:15

Reconhecendo o "dia muito especial" pelo aniversário do PCP, o antigo secretário-geral comunista evocou o legado do partido no combate à ditadura, ao notar que foi "o único que não capitulou" e "nem renunciou à luta"

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O ex-secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa criticou esta quarta-feira, em Évora, os "construtores de cenários" pós-eleições legislativas de domingo, lembrando que o povo ainda não votou e apelando a "trocar as voltas".

"Vamos ouvindo por aí muitos construtores de cenários. Está na hora de lhes lembrar que o povo ainda não votou. Não há vencedores antecipados. Vamos trocar-lhes as voltas neste tempo que ainda falta e, com o nosso empenho e trabalho, assegurar mais votos e mais deputados para a CDU", afirmou o antigo líder comunista, no comício desta tarde no teatro Garcia de Resende, em Évora, que coincidiu com o 103.º aniversário do partido.

Depois de já ter estado ao lado do atual líder comunista, Paulo Raimundo, no comício de domingo, em Lisboa, Jerónimo de Sousa realçou que faltam "escassos dias" para as eleições, enfatizando a importância de mobilizar os eleitores e a "grande oportunidade para ter mais deputados na Assembleia da República.

"[Vamos] com o nosso esforço e a nossa confiança construir um resultado que sirva os trabalhadores. Esta é uma batalha de todos, que ninguém fique fora deste combate. É imperioso convocar as energias. Vamos em frente com a confiança e a coragem que nunca nos faltou, convictos que o futuro não acontece, constrói-se", assegurou.

Reconhecendo o "dia muito especial" pelo aniversário do PCP, o antigo secretário-geral comunista evocou o legado do partido no combate à ditadura, ao notar que foi "o único que não capitulou" e "nem renunciou à luta". Assinalou ainda o "contributo decisivo e inigualável para o grande movimento revolucionário que confluiu no 25 de Abril".

"Faz anos, sim, um partido diferente, com um projeto distintivo, um partido - o PCP - com uma história ímpar, uma trajetória sem paralelo em defesa da liberdade, da democracia, do progresso social, da paz e da independência nacional, por um projeto de futuro pelo socialismo", reforçou.

Jerónimo de Sousa lembrou ainda que o PCP não vai trair "o compromisso com os trabalhadores" e que não é um partido igual aos outros.

"Um partido que não se deixa perturbar e que continua o caminho determinado e combativo, a olhar para a frente e pronto a assumir todas as responsabilidades que o povo lhe queira confiar, com inabalável confiança no futuro. Um partido que jamais recuará na luta pela concretização do projeto que sempre abraçou de transformação da sociedade", rematou.

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