Livre teme aproveitamento político de protesto de polícias no Capitólio

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Segundo Rui Tavares, esse aproveitamento já foi feito noutros países verificando-se depois que "os que prometem a ordem trazem o caos, e os que prometem a limpeza acabam a conspurcar as instituições".

O líder do Livre, Rui Tavares, fala aos jornalistas à chegada para a entrega da lista de candidaturas pelo círculo eleitoral do partido por Lisboa às eleições legislativas, no Palácio de Justiça, em Lisboa, 29 de janeiro de 2024. FILIPE AMORIM/LUSAi

Em análise à concentração espontânea de polícias junto ao Capitólio, Rui Tavares avisa que "todos devem cumprir com os pilares do Estado de Direito".

FILIPE AMORIM/LUSA

Em análise à concentração espontânea de polícias junto ao Capitólio, Rui Tavares avisa que "todos devem cumprir com os pilares do Estado de Direito".

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O porta-voz do Livre alertou hoje para o perigo de eventuais aproveitamentos políticos do protesto espontâneo de polícias junto ao Capitólio, em Lisboa, por parte dos que “querem tomar o poder para não mais o largarem”.

“As forças de segurança podem estar a abrir a porta para aproveitamentos políticos daqueles que, na verdade, só lhes interessa as regras da democracia para tomarem o poder e nunca mais o largarem”, disse Rui Tavares, no final de um encontro com representantes do Sindicato Independente dos Médicos.

Segundo o cabeça de lista do Livre por Lisboa, esse aproveitamento já foi feito noutros países, verificando-se depois que “os que prometem a ordem trazem o caos, e os que prometem a limpeza acabam a conspurcar as instituições”.

Numa análise à concentração espontânea de polícias junto ao Capitólio, onde decorria o debate eleitoral entre os líderes do PS e do PSD, Rui Tavares afirmou que “todos devem cumprir com os pilares do Estado de direito”, mas deixou um alerta.

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“Todos devemos ter muita atenção nos nossos protestos. Os fins não justificam os meios, e os meios tem que ter em atenção os aspetos quase sacrossantos da democracia, como são os debates e as eleições”.

Na segunda-feira, após uma concentração que juntou na Praça do Comércio, em Lisboa, cerca de 3.000 elementos da PSP e da GNR, muitos seguiram para o Capitólio, onde decorreu o debate eleitoral entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, numa marcha espontânea que não foi autorizada.

Entretanto, o diretor nacional da PSP determinou a realização de um inquérito interno sobre as circunstâncias do protesto de agentes daquela polícia junto Capitólio, tendo em “conta o eventual envolvimento de polícias da PSP numa ação não comunicada”.

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