Ministério da Saúde de Gaza diz que Israel bombardeou hospital no norte

10 horas atrás 21

O exército "continua a bombardear e destruir violentamente o hospital, tendo com alvo todas as partes" do estabelecimento localizado em Beit Lahia, afirmou o ministério, sublinhando que houve "muitos feridos entre o pessoal médico e os pacientes". 

Por seu lado, o diretor do hospital, Houssam Abou Safia, afirmou que vários membros do pessoal ficaram feridos e que ninguém pôde abandonar o estabelecimento.

O responsável descreveu a situação como "catastrófica", indicando que o exército israelita não emitiu qualquer aviso prévio dos ataques.

Contactado pela agência noticiosa francesa AFP, o exército israelita disse estar a "verificar" a informação.

Num comunicado divulgado hoje, o exército israelita afirmou que as tropas continuavam a "operar contra as infraestruturas e os agentes terroristas no norte e no centro da Faixa de Gaza".

O porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmoud Bassal, afirmou que mais de 1.300 pessoas foram mortas desde o lançamento da ofensiva militar, a 06 de outubro, contra o norte do território, onde "existe uma grave escassez de medicamentos, água e alimentos".

As forças israelitas lançaram uma operação terrestre de grande envergadura no norte da Faixa de Gaza para impedir o reagrupamento dos combatentes do movimento islamita palestiniano Hamas.

A operação começou com o cerco de Jabalia e estendeu-se para norte até Beit Lahia, nas imediações do hospital Kamal Adwan, que foi alvo de vários ataques e incursões do exército, segundo os seus responsáveis.

No final de outubro, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que o hospital estava sobrecarregado, em mais de 200 doentes e com um fluxo constante de feridos, além de "cerca de 600 pacientes, profissionais de saúde e particulares que se encontram atualmente no hospital".

No domingo à noite, e também noutro comunicado, o exército israelita indicou que pelo menos seis crianças ficaram feridas no hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, quando milicianos do Hamas fizeram explodir um engenho perto das instalações.

A explosão ocorreu a "centenas de metros" do hospital, enquanto decorria uma operação da OMS de distribuição de ajuda humanitária e retirada de doentes.

"[Milicianos da organização islamista Hamas] colocaram uma bomba perto do hospital Kamal Adwan, enquanto uma caravana humanitário da OMS estava a entregar ajuda e a retirar doentes. A bomba explodiu e seis crianças ficaram feridas", declarou o exército.

Os estilhaços da explosão atingiram a caravana, mas o exército afirmou que "não foram registados feridos no pessoal" humanitário.

Mais de um ano de guerra entre Israel e o Hamas em Gaza matou mais de 43 mil pessoas, segundo as autoridades sanitárias palestinianas, que não fazem distinção entre civis e combatentes, mas dizem que mais de metade dos mortos são mulheres e crianças.

A guerra começou depois de membros do Hamas terem invadido o sul de Israel a 07 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e raptando outras 250.

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