Ministro da Saúde fala em "enorme sucesso" da vacinação contra a gripe

9 meses atrás 70

"Até ao final de 2024, vamos confrontar-nos com muitos médicos a atingir a idade da reforma. E apesar desta captação de médicos que estamos a fazer, estamos a formar muitos mais médicos de família do que eram formados antes", afirmou Manuel Pizarro, quando questionado sobre a colocação de profissionais de saúde.

"Temos hoje quase dois mil médicos de família em formação. Só a partir do final de 2024 é que nós conseguiremos mesmo ganhos significativos de capacidade de assistência".

Sobre o anúncio de que a vacinação contra a gripe e a covid-19 será gratuita para pessoas com mais de 50 anos, apesar de a taxa de mortalidade por doenças respiratórias tem sido maior em pessoas a partir dos 45 anos, o ministro da Saúde referiu que as "questões técnicas da vacinação tem de ser explicadas pela Direção Geral de Saúde", mas "é preciso explicar os conceitos".

"Tivemos nos últimos dias de 2023 e nos primeiros de 2024, excesso de mortalidade no grupo das pessoas mais idosas, com uma expressão em valores absolutos mais significativa acima dos 75 anos, quer também - e isso foi um sinal de alerta - no grupo das pessoas entre os 45 e os 64 anos".

Contudo, Pizarro afirmou que "estes alertas de mortalidade servem para chamar a nossa atenção para ver os problemas que possam existir, mas não podemos tirar conclusões sobre alguns dias de mortalidade".

O ano de 2023, indicou ainda, "foi no seu conjunto um ano em que a mortalidade em Portugal se reduziu de forma significativa".

"Tivemos cerca de menos seis mil óbitos do que no ano anterior, parecendo termos voltado, finalmente ao padrão de mortalidade dos anos pré-pandemia", continuou e repetiu: "Não podemos isolar os dias que correram mal, temos de avaliar no seu conjunto".

Mas quanto ao alerta de que a taxa de mortalidade podia aumentar, pelo menos segundo previsões da DGS, o ministro considera que isso "significa apenas" que as entidades estão "muito atentas aos dados do dia-a-dia".

"Devo dizer que esta campanha de vacinação sazonal é um enorme sucesso", recordou, frisando que foi a época em que se registaram mais inoculações à população.

Sobre os planos de contingência nos hospitais, Pizarro argumentou que "o setor da Saúde tem sempre de lidar com as situações inesperadas, com as situações em que há maior pressão, e atribuir prioridades".

Ler artigo completo