Mobilidade sustentável: Metas europeias exigem investir 1,5 biliões até 2050

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Apesar de o valor ser elevado, a investigação da unidade de mobilidade urbana do Instituto Europeu de Tecnologia e Inovação da União Europeia concluiu que será possível superar os gastos financeiros devido às vantagens, como menos emissões de dióxido de carbono e custos exernos e melhoria da saúde pública.

O cumprimento dos objetivos de descarbonização do sector dos transportes, que constam no Pacto Ecológico Europeu, pressupõe um investimento de, pelo menos, 1,5 biliões de euros de investimento, incluindo 500 mil milhões de euros para implementar e fazer a gestão de várias medidas de mobilidade sustentável, de acordo com uma investigação do EIT Urban Mobility.

Apesar de o custo ser elevado, a análise da unidade de mobilidade urbana do Instituto Europeu de Tecnologia e Inovação (EIT) da União Europeia concluiu que será possível superar os gastos financeiros devido às vantagens obtidas, como a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2), a melhoria da saúde pública e a redução de custos externos.

Em causa estão investimentos no desenvolvimento tecnológico e na renovação da frota de veículos, mas não só. Para se ter uma noção, a mudança para formas de transporte ativos, como caminhar e/ou andar de bicicleta, poderá gerar 1.170 euros em poupanças de saúde per capita entre 2022 e 2050, segundo o relatório designado “Cost and Benefit of the Urban Mobility Transition” (“Custo e Benefício da Transição da Mobilidade Urbana”).

Contudo, o mais eficaz para reduzir a utilização de carros (privados) e, consequentemente, as emissões, é combinar transportes públicos, opções de mobilidade partilhada (“TVDE”) e restringir acessos dentro das cidades (zonas de baixas emissões), defendem os autores do relatório. Até 2030, estas medidas poderão resultar em mais 7% de passageiros em transportes públicos e menos 16% nas deslocações em automóveis privados.

“O relatório sublinha a urgência de dar prioridade aos investimentos certos para uma mobilidade limpa, bem como o seu retorno positivo para a saúde e ambiente. Os transportes públicos aparecem como a solução mais acessível e inclusiva para reduzir as emissões de CO2. No entanto, esta transição não está isenta de desafios. Precisamos de um esforço coordenado a todos os níveis — desde a cidade ao continente europeu — para garantir que são realizados os investimentos necessários e que os cidadãos são envolvidos e apoiados durante esta transição”, explica a CEO da EIT Urban Mobility, Maria Tsavachidis.

Mais do que planos ambientais, há métricas para a segurança rodoviária: poderá diminuir em 70% no número de vítimas mortais em acidentes de viação até 2050, inclusive com sistemas de transporte inteligentes. De facto, o conjunto de avanços tecnológicos devem permitir reduzir as emissões de CO2 em 21% até 2030, mas atingir todas as metas do Pacto Ecológico Europeu vai requerer mais ambição, nomeadamente mudanças de mentalidade das pessoas.

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