Na abertura do seu primeiro debate quinzenal no parlamento, Luís Montenegro retomou as acusações ao PS de ter aprovado 42 resoluções do Conselho de Ministros "sem cabimentação" num montante que estimou em 1.200 milhões de euros.
"Vamos cumprir o nosso programa e os nossos compromissos eleitorais. E falaremos sempre verdade. A verdade é que não temos uma situação de descontrolo orçamental, mas também não temos o mar de rosas que se vendeu", defendeu.
Para sustentar esta posição, o primeiro-ministro referiu que no final de março se registava um défice de 259 milhões de euros e apenas metade da dotação provisional do Ministério das Finanças já tinha sido gasta.
"A isso somou-se uma despesa extraordinária no primeiro trimestre de 1080 milhões de euros (946 depois das eleições) e em 116 resoluções do Conselho de Ministros publicadas pelo governo anterior depois de 07 novembro já identificámos 42 sem cabimentação, num montante adicional de 1200 milhões de euros", afirmou.
E acrescentou: "Esta recaída despesista do PS, agudizada no período que mediou entre as eleições e a posse do atual governo, não falo dela propriamente para me queixar, embora tivesse razões para isso", disse.
"Falo dela sobretudo porque a verdade não pode, não deve ser escondida. Eu pergunto mesmo se há alguém que preferisse que esta verdade fosse efetivamente escondida, eu creio que não", referiu.
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