MPT quer Madeira a "reciclar mais e melhor" e valorizar trabalhadores

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"Temos de reciclar mais e melhor, com melhores máquinas, mais formação às pessoas", afirmou Válter Rodrigues, que na segunda-feira visitou a estação de tratamento de lixo dos Viveiros, no Funchal, onde contactou trabalhadores, no âmbito da campanha para as eleições antecipadas de 26 de maio.

Em declarações à agência Lusa, o cabeça de lista do MPT destacou como proposta a revisão do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na administração pública (SIADAP), para responder às preocupações dos cerca de 150 trabalhadores desta estação de tratamento de lixo, sob responsabilidade da Câmara Municipal do Funchal.

Com esta ação de campanha, o MPT pretendeu sensibilizar as pessoas quanto aos contratos de trabalho e à avaliação através do sistema SIADAP, já "que é o Governo Regional quem pode fazer alteração a isso tudo".

Válter Rodrigues reforçou que o objetivo da sua candidatura nas eleições regionais da Madeira é "alterar a vida das pessoas", por considerar que os ordenados "são muito baixos para a inflação".

O candidato do MPT sugeriu a alteração dos escalões de carreira destes trabalhadores qualificados, para que passem a ter "um ordenado médio acima dos 1.400 euros", referindo que neste momento os licenciados na função pública recebem 1.100 e 1.200 euros.

Da auscultação aos trabalhadores, o MPT apontou também a preocupação com a necessidade de ser disponibilizado "calçado mais confortável", ainda que a responsabilidade seja da Câmara Municipal do Funchal e não do Governo Regional.

"Queremos deixar sempre bem claro às pessoas é que votando no MPT, votando em Válter Rodrigues, vão fazer toda a diferença na assembleia regional, porque nós vamos lutar por toda a classe trabalhadora", declarou o cabeça de lista.

As legislativas da Madeira decorrem em 26 de maio, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

O sorteio da ordem no boletim de voto colocou o Alternativa Democrática Nacional (ADN) em primeiro lugar, seguindo-se Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU -- Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS -- Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).

Segundo dados do Ministério da Administração Interna, até 07 de maio estavam recenseados para votar 254.522 eleitores.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

O PSD sempre governou no arquipélago e venceu com maioria absoluta 11 eleições entre 1976 e 2015.

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