Na festa da AD, Montenegro lança as bases da campanha: mais velhos, jovens, impostos, Saúde e Educação

8 meses atrás 72

i

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

Beleza atingiu Passos, Santana, o convidado surpresa, tentou reconciliar líder e antecessor. Portas deixou guião e Melo bateu de frente com Ventura. Coube a Montenegro tentar relançar em definitivo AD

E, à terceira, a renovada Aliança Democrática fez a prova de vida por que tanto ansiavam os dirigentes dois partidos que a lideram. Depois da formalização do acordo, feita em cima do congresso de entronização de Pedro Nuno Santos, depois do encontro com alguns dos quadros económicos mais respeitados à direita, feito em cima das notícias sobres a listas de candidatos a deputados, chegou finalmente convenção da AD com toda a pompa e circunstância, um momento que superou as expectativas dos próprios partidos — a direção de campanha da coligação só na sexta-feira repensou todo o plano, originalmente desenhado para ser um momento mais minimalista, não pensado para as televisões. Ainda antes do discurso de Luís Montenegro, o saldo já era positivo. “Não estava à espera“, confessava ao Observador fonte da direção social-democrata.

Coube naturalmente ao líder social-democrata encerrar o encontro que decorreu no Centro de Congressos do Estoril. Ao longo de 45 minutos, Luís Montenegro cumpriu os cinco pontos daquela que será a estratégia da Aliança Democrática: procurar a reconciliação com o eleitorado mais velho, falar para os mais jovens, apresentar soluções para a Saúde, responder aos problemas na Educação e combater a ideia de que a estagnação do país é uma “fatalidade“. Ao mesmo tempo, deixar o combate político à direita para Nuno Melo, afirmar-se como único garante de credibilidade e estabilidade, por oposição ao “aventureirismo” de Pedro Nuno Santos (que nunca nomeou).

“Temos de dar aos pensionistas e aos mais velhos a atenção que merecem. Esta é a altura de nos reconciliarmos com os pensionistas e com os reformados de Portugal. Sei bem que alguns deles têm receios em votar em nós”, começou por dizer Montenegro, recuperando a proposta do partido para o aumento Complemento Solidário para Idosos. Noutro plano, quando falou para os mais jovens, o líder social-democrata resgatou a ideia de fixar a taxa de IRS nos 15% para os jovens até aos 35 anos e a isenção do IMT na compra da primeira habitação, por exemplo. “Temos de acabar com o crime social de não conseguirmos fixar cá os nossos jovens.”

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.

Ler artigo completo