Nuno Amado concorda com a redução da carga fiscal proposta pelos partidos que já apresentaram medidas nesse sentido. Pode até ser progressiva, mas tem é de ser consistente e consensual entre os partidos.
Neste sentido, diz que é preciso "ter condições para aumentar salários e ter condições para não aumentar a carga fiscal", mas esclarece que isso só é possível com crescimento: "Primeiro é preciso produzir e depois ver se é preciso taxar!”Vê 2024 como um ano difícil. "Este ano é um ano de resistência".
E a quem vier a seguir para o governo pede: "não precisamos de mais Estado, precisamos de melhor Estado" e isso, considera, significa maior capacidade de execução.
Nuno Amado diz que até agora os líderes dos governos têm tido competência e qualidade, "mas a execução por vezes pode não ter corrido bem". Neste sentido, no seu entender, a melhor solução política para o país, na sequência das eleições, seria uma solução que trouxesse estabilidade com ou sem maioria e espera que, no caso de uma reedição da geringonça à esquerda, haja pragmatismo, acordos e compromissos que garantam melhor Estado.
Nuno Amado garante que a banca está pronta para ajudar a economia do país a crescer
e acredita que as taxas de juro poderão chegar aos 2 por cento no final do próximo ano.
Sobre a redução de quase 10% da participação da Fosun no BCP, Nuno amado, que é presidente do Conselho de Administração do BCP, considera que o BCP está numa situação de "solidez" e de capacidade que já há muito não tinha. "Está bem e recomenda-se".
Nuno Amado dianta mesmo que chegou o tempo de dar melhores contrapartidas aos stakeholders.
Entrevista de Rosário Lira (Antena 1) e de Hugo Neutel (Jornal de Negócios)