Operação Influencer. Ana Catarina Mendes exige explicações ao Ministério Público

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Emissão Renascença | Ouvir Online

17 abr, 2024 - 23:03

"António Costa, sabendo que é inocente, assumiu uma posição de estadista e demitiu-se para que não recaíssem suspeitas sobre as Instituições".", afirma a deputada e ex-ministra.

A deputada e ex-ministra do PS Ana Catarina Mendes considerou esta quarta-feira que o Ministério Público (MP) "deve explicações aos portugueses", defendendo que António Costa, "sabendo que é inocente", se demitiu para que não recaíssem suspeitas sobre as instituições.

No dia em que se conheceu a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, que rejeitou o recurso do Ministério Público, reduziu as medidas de coação dos arguidos a termo de identidade e residência e entendeu não existirem indícios de crimes na Operação Influencer, Ana Catarina Mendes recorreu às redes sociais para exigir explicações.

"O Ministério Público deve explicações aos Portugueses. Porque derrubou um Governo e um Parlamento, como se levantam suspeitas e se coloca em causa o bom nome das Pessoas? Isto é gravíssimo em Democracia, já o tinha afirmado aqui há meses", criticou a socialista.

Segundo Ana Catarina Mendes "António Costa, sabendo que é inocente, assumiu uma posição de estadista e demitiu-se para que não recaíssem suspeitas sobre as Instituições".

"Hoje, exige-se um esclarecimento do MP sobre o que aconteceu! Os cidadãos têm que ter confiança nas Instituições. Impõe-se uma explicação! Exige-se Responsabilidade(s)!!", sustentou.

A deputada do PS partilha nesta publicação a ligação para uma notícia da CNN com o título "Relação diz "que não há qualquer indício" de que António Costa tenha falado com Lacerda Machado sobre Sines".

Operação Influencer. Relação não vê indícios de influência de Lacerda sobre António Costa

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) rejeitou hoje o recurso do Ministério Público (MP) no processo da Operação Influencer e decidiu reduzir as medidas de coação, ficando os arguidos apenas com Termo de Identidade e Residência (TIR).

"Este Tribunal decidiu julgar improcedente o recurso do Ministério Público e procedentes os recursos interpostos pelos arguidos. Em causa nestes autos estavam as medidas de coação impostas a cinco arguidos individuais e uma arguida pessoa coletiva sendo que o Ministério Público pretendia o agravamento das mesmas e os arguidos recorrentes a sua revogação", refere a decisão do TRL, a que Lusa teve acesso.

A legislatura anterior foi interrompida na sequência da demissão do primeiro-ministro António Costa, após ter sido divulgado que era alvo de um inquérito instaurado no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça após ter siso extraída uma certidão do processo-crime Operação Influencer.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou a demissão e dois dias depois anunciou ao país a dissolução do parlamento e a convocação de eleições, que se efetuaram em 10 de março, dando a maioria ao PSD/CDS-PP/PPM.

A Operação Influencer levou na altura à detenção de Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa), Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.

Existem ainda outros arguidos, incluindo o agora ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a Start Campus.

O caso está relacionado com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e com o projeto de construção de um centro de dados (Data Center) na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus.

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