Os muitos mundos que cabem no Palácio Cadaval

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Situado em frente ao Templo Romano, o Palácio Duques de Cadaval é um exemplo singular no património arquitetónico do país, resultando da fusão dos estilos mudéjar, gótico e manuelino. Razões mais do que suficientes para uma visita.

Mas aquilo que nos traz até Évora, e a este belo edifício em particular, é o diálogo entre arte contemporânea e peças históricas. As boas-vindas são dadas logo na entrada, pelo colorido arco que encima o portão do Palácio.

As cores apelam, a retina pousa nelas e viaja pela iconografia de Esther Mahlangu, uma mulher franzina do povo ndebele, na África do Sul, que, na década de 1980 – tinha então 55 anos – descobriu que o seu trabalho cabia em todas as partes do mundo. Nessa década de 80, foi a Paris a convite do Centro Georges Pompidou, para pintar uma réplica das paredes da sua casa. Em 2023, é Alexandra Cadaval quem convida a artista sul-africana a plasmar as ‘suas’ cores garridas e figuras geométricas na residência da família.

E é precisamente o calor das cores de Esther que nos acompanha pátio fora até entrarmos no universo mágico de Ronan-Jim Sévellec. Ou melhor, nos universos poéticos do aclamado artista francês, que tem vindo a depurar a técnica da miniatura nas últimas décadas. E é exatamente o contaste entre a delicadeza dos seus microcosmos e as peças históricas e contemporâneas escolhidas para a exposição, “The Scenery of Memory”, que resulta muito bem neste desfilar de memórias. De camadas. De tempos. Que se sentem à medida que percorremos as salas do Palácio.

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