Paquistão. Político preso por ordenar morte do presidente do Supremo

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Zaheerul Hassan Shah foi detido um dia depois de ter dito, num vídeo que se tornou viral nas redes sociais, a apoiantes do Tehreek-e-Labaik Pakistan que daria pessoalmente 10 milhões de rupias (110 mil euros) a quem decapitasse Qazi Faez Esa, o presidente do Supremo Tribunal.

Qazi Faez Esa tem sido alvo de críticas por parte dos extremistas no Paquistão nos últimos meses, depois de ter concedido fiança a um suspeito de blasfémia da minoria Ahmadi.

O Parlamento paquistanês declarou os Ahmadis não muçulmanos em 1974. Desde então, têm sido repetidamente alvo de ataques por parte de extremistas islâmicos, o que tem suscitado a condenação de grupos nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos.

Zaheer Asghar, um oficial superior da polícia, disse aos jornalistas que Shah foi detido em Okara, uma cidade na província oriental de Punjab. Segundo o oficial, foi registado um processo contra Shah sob a acusação de ameaçar matar Esa e de incitar à violência.

O partido de Shah tem estado na origem de violentos protestos contra qualquer alteração das rigorosas leis paquistanesas sobre a blasfémia, que preveem a pena de morte.

Na semana passada, um painel de peritos independentes, apoiado pela ONU, manifestou grande preocupação com o aumento da discriminação e da violência contra a comunidade minoritária Ahmadi no Paquistão e instou as autoridades a garantir a sua proteção.

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