PME mais globais e ascensão da IA nas tendências para 2024 traçadas pela Visa

9 meses atrás 81

A Visa diz que 2024 é o ano em que as PME se tornam mais globais. Os dados recolhidos globalmente revelam que quase 4 em cada 5 PME (79%) referem o objetivo de alcançar vendas além-fronteiras como um dos seus focos de crescimento. A Visa traça seis tendências na área dos pagamentos para este ano.

A Visa apresentou seis previsões que marcarão o ano de 2024 na área dos pagamentos. O retorno das viagens de lazer e a ascensão da Inteligência Artificial são algumas das tendências no setor dos pagamentos para este ano.

“Destaque para a crescente personalização de serviços de pagamentos e, também para uma maior abertura ao crescimento da interoperabilidade de serviços”, avança ainda a Visa.

Em detalhe, “a IA trará ao setor uma maior facilidade em manter as contas bancárias seguras, com ferramentas capazes de facilmente diferenciar transações fraudulentas de compras legítimas”, defende a multinacional de pagamentos. “Como consequência da maior flexibilidade em pagar e ser pago e do aumento da segurança, prevê-se que, globalmente, as PME tenham cada vez maior facilidade em internacionalizar-se, e que 2024 seja um ano além-fronteiras”, refere a Visa.

Segundo a análise da Visa, do ponto de vista da economia das empresas e negócios, “espera-se uma espécie de inversão das normas aceites nos últimos anos”, no sentido em que “empresas que representavam negócios exclusivamente locais, expandem-se para o global”.

“A tecnologia proprietária e de circuito fechado deverá abrir-se ao mercado; soluções genéricas tornam-se cada vez mais personalizadas, enquanto redes, antes isoladas, se transformam em estruturas cada vez mais flexíveis e interativas”, prevê a Visa.

“Acrescente-se a tudo isto o poder transformador da IA e o retorno crescente das viagens de lazer, e conseguimos ter uma ideia mais clara das dinâmicas que influenciarão os pagamentos em 2024”, acrescenta.

Em resumo, as tendências para 2024 passam pela globalização e PME mais internacionais. De uma economia de criação e partilha, do comércio eletrónico às pequenas empresas tradicionais, 2024 é o ano em que as PME se tornam mais globais. “Em geral, para empresas de todos os tamanhos, o mindset mudou, partindo do local para uma economia digital global”, defende a Visa que acrescenta que quase quatro em cada cinco PME (79%) afirmaram o objetivo de “alcançar vendas além-fronteiras como um dos seus focos de crescimento, e os consumidores sentem-se preparados para dar esse passo”.

Ao mesmo tempo cerca de 72% dos consumidores afirmam que já se sentem à vontade para comprar a empresas de outros países.

Os pagamentos digitais estão a transformar as oportunidades que as PME têm para efetuar e receber pagamentos, acompanhar e monitorizar despesas, aumentar a segurança e a proteção, melhorar a eficiência, e crescer.

“No mundo digital de hoje, as inovações em matéria de pagamentos permitirão o aceder a resultados financeiros em tempo real, tornam muito mais fáceis as transações com e entre clientes e empresas e, soluções de pagamento como os cartões virtuais, vão ajudar esta últimas a ter maior liquidez, maior poder de compra e maior facilidade na gestão de despesas, ou seja, possibilitam-lhe acesso a um maior crescimento “.

Por isso em 2024, “espera-se que as pequenas e microempresas cresçam além-fronteiras, como nunca antes o fizeram, que beneficiem de uma maior digitalização, aceleração e proteção nas suas transações”.

Outra grande tendência de 2024 é a que “a interoperabilidade está em ascensão”.

“A conveniência e a rapidez dos pagamentos digitais, tanto a nível nacional como internacional, transformaram a forma como movimentamos dinheiro. No entanto, esta explosão de redes e métodos de pagamento, operam, frequentemente, dentro do seu próprio ecossistema e em silos. Mas isto está a mudar”, diz a Visa.

A interoperabilidade começará a ganhar mais força, quebrará barreiras e trará mais benefícios para todos os intervenientes, quebrando a fragmentação no setor dos pagamentos.

A Visa aspira a que o pagamento entre serviços é tão simples como a utilização de apenas um serviço. Isto quebrará barreiras e trará muitos benefícios para os utilizadores finais, clientes empresariais, fintechs e fornecedores de aplicações.

O pagamento entre serviços passará a ser tão simples como a utilização de qualquer serviço, e a compatibilidade entre sistemas beneficiará os utilizadores, as instituições e o próprio sistema de pagamentos.

A este propósito Gonçalo Santos Lopes, Country Manager da Visa em Portugal defende, que “em 2024, continuaremos a assistir a uma crescente colaboração em todo o ecossistema de pagamentos entre bancos, instituições financeiras, comerciantes, fornecedores tecnológicos e emissores” e “esse facto trará maior inclusão financeira global, acessibilidade, compatibilidade entre sistemas e interoperabilidade”.

A análise da Visa considera ainda que as infraestruturas abertas facilitam o comércio. “Espera-se que 2024 nos traga mudanças assinaláveis, para infraestruturas mais flexíveis e independentes, que tragam aos consumidores uma melhor experiência”, refere a empresa de pagamentos.

Significa que as empresas podem adicionar às suas plataformas produtos e serviços à medida que deles necessitem. “Não tem uma boa solução de token? Precisa de uma melhor experiência omnicanal? Os serviços de pagamentos estão a deixar de ser independentes e criam soluções plug-and-play cada vez mais simples, para problemas até agora muito complexos”, avança a Visa que diz que “vamos assistir a cada vez mais empresas de pagamentos que se transformam ao recorrer a ferramentas abertas para gerirem as suas infraestruturas, e que vão beneficiar de novas camadas tecnológicas e competências”.

O mercado tornar-se-á mais fácil de operar, defende.

A quarta previsão dos meios de pagamento para este ano refere às experiências personalizadas com apoio de serviços financeiros. As expectativas dos consumidores influenciam e moldam transformações nos serviços financeiros, defende a Visa que acrescenta que através de parceiros, as instituições financeiras vão mais facilmente encontrar formas de atender às exigências do mercado digital.

Sem surpresas, nas grandes tendências dos meios de pagamento para este ano surge o papel da IA e do seu papel na luta contra fraudes. “A próxima geração de IA terá o potencial de obter dados de várias fontes e gerar novas informações, ajudando a treinar ferramentas de deteção de fraude para tomar decisões mais informadas e precisas, de modo a diferenciar transações fraudulentas de compras legítimas”, defende a empresa de pagamentos.

“A IA generativa também transformará a forma como muitos trabalham, melhorando o produto, a estrutura de dados, os modelos, as operações e a infraestrutura”, acrescenta a Visa.

“A próxima geração de IA possibilita-nos a obtenção de informações vindas de vários domínios, que vão gerar novas informações e treinar ferramentas de deteção de fraude que nos vão permitir tomar decisões mais informadas e precisas”, segundo o comunicado.

A Visa considera que estes avanços irão também melhorar, significativamente, “a forma como distinguimos transações fraudulentas de ações legítimas”.

Por outro lado a IA generativa “vai continuar a transformar a forma como trabalhamos, a melhorar o produto, a estrutura de dados, os modelos, as operações e a infraestrutura” .

“Na Visa, já estamos a assistir a uma melhoria de 30% na produtividade da codificação, uma vez que as tarefas que consomem tempo e que são repetitivas (por exemplo, a geração de código de base) já são, e muito bem, geridas por ferramentas de IA generativa, o que liberta os engenheiros para se concentrarem na produção de código de valor muito mais elevado, o que resulta em produtos que nos diferenciam do mercado”, revela a empresa.

Por fim a Visa destaca como tendência o retorno em força das viagens. De acordo com o Global Travel Intentions Study 2023 da Visa, mais de 70% daqueles que viajam estão conscientes do aumento do custo das férias, mas a maioria não se retrai, e apenas 4% planeia reduzir os seus planos de viagem.

A nível mundial, os consumidores esperam fazer, em média, duas viagens de lazer nos próximos 12 meses, sendo que aqueles com maior poder económico esperam fazer ainda mais.

“Prevê-se que se mantenha a preferência pela flexibilidade na marcação de viagens, assim como a garantia de segurança e higiene na escolha dos alojamentos”, refere a Visa que diz que os viajantes “optam, sobretudo, por experiências de pagamento seguras, digitais e contactless”.

Os estudos conduzidos pela Visa e pela Oxford Economics revelam que 41% dos viajantes sentem uma falta de informação relativa a opções de viagens sustentável, e 36% sentem que a informação existente não é credível. “Existem, no entanto, soluções que podem ajudar a colmatar esta lacuna, como a parceria da Visa com a Ecolytiq, em que os consumidores podem ver as emissões de carbono estimadas com base nas suas transações, e a Travalyst, uma iniciativa global de viagens sustentáveis que apresenta aos consumidores informações de sustentabilidade mais consistentes e visíveis”, refere a empresa de meios de pagamento.

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