Portugal nos `quartos` do Euro sub-17

3 meses atrás 103

O guardião do Benfica foi absolutamente decisivo durante o jogo, especialmente nos últimos minutos, com dois erros comprometedores de médios portugueses a perderem a bola em ‘zonas proibidas’, que só não deram um triunfo mais dilatado à França, o qual alteraria as contas do apuramento, porque Diogo Ferreira fez duas defesas absolutamente notáveis.

No primeiro lance, o médio Eduardo Felicíssimo perdeu a bola de forma infantil e permitiu que Quentin Ndjantou se isolasse na cara de Diogo Ferreira, que fez a ‘mancha’ de forma espetacular, a evitar o 3-1.

No segundo, foi Afonso Meireles a perder a bola em 'zona proibida', obrigando o guarda-redes português a fazer uma defesa extraordinária, ao ‘voar’ para o canto direito da sua baliza a desviar a bola pela linha de fundo com a ponta dos dedos.

Como se não bastasse, o avançado Gabriel Silva ‘ofereceu’ o segundo golo à França, aos 82 minutos, ao tocar a bola para a sua área, fazendo uma assistência perfeita para Enzo Molebe marcar, a culminar uma sucessão de erros que podiam ter sido fatais.

A exibição da seleção portuguesa esteve muitos furos abaixo do que fez nos dois primeiros jogos e isso poderia ter-lhe custado o apuramento para os quartos de final, tendo em conta as oportunidades que a França criou, algumas desperdiçadas, outras paradas por Diogo Ferreira.

De resto, a abordagem da seleção lusa ao encontro foi errada, uma vez que tentou fazer um jogo de contenção e de gestão da bola, em vez de procurar ganhar a partida, o que permitiu à França, a precisar de vencer, ganhar embalagem para ‘assaltar’ a baliza portuguesa.

Quando os franceses chegaram ao golo, aos 36 minutos, já tinham enjeitado algumas boas oportunidades para inaugurar o marcador, por falta de eficácia, e o que valeu à seleção portuguesa foi ter empatado dois minutos depois, num lance em que o génio de Rodrigo voltou a fazer a diferença, pela qualidade do último passe, sem tirar mérito ao autor do golo, Afonso Patrão, que rodou sobre o central francês e rematou colocado para o fundo da baliza.

O intervalo chegou já com a sensação clara de que o empate era lisonjeiro para a seleção portuguesa, que manteve a mesma estratégia arriscada de contenção e de gestão da bola perante uma França que foi metendo jogadores de características ofensivas à medida que o jogo se aproximava do final.

De referir que houve dois jogadores que foram preponderantes nos dois primeiros jogos, os alas Cardoso Varela e Geovany Quenda, que passaram ao lado do jogo, muito se ressentindo disso a equipa, à qual faltou sempre profundidade ofensiva para 'esticar' o jogo.

A seleção portuguesa, que terminou o grupo em primeiro lugar, com seis pontos, seguida da Inglaterra e da França, que foi eliminada, também com seis pontos, e da Espanha, com zero, defronta a Polónia nos quartos de final.

Jogo realizado no Estádio Ammochostos, em Larnaca.

Portugal - França, 1-2

Ao intervalo: 1-1.

Marcadores:

1-0, Enzo Sternal, 36 minutos.

1-1, Afonso Patrão, 38.

1-2, Enzo Molebe, 82.

Equipas:

- Portugal: Diogo Ferreira, Edgar Mota, Rui Silva, Rafael Mota, Martim Cunha, David Daiber (Eduardo Felicíssimo, 65), João Simões (João Trovisco, 77), Rodrigo Mora, Geovany Quenda (Dudu, 90+1), Afonso Patrão (Gabriel Silva, 65) e Cardoso Varela (Afonso Meireles, 77).

Selecionador: João Santos.

- França: Jules Stawiecki, Marius Louer, Kouakou Gadou, Mustapha Sissoko (Idriss Palinex, 68), Iliesse Salhi, Pape Cabral (Darryl Bakola, 68), Mathys Angely, Yanis Sellami (Quentin Ndjantou, 61), Enzo Sternal, Mohamed Meité (Enzo Molebe, 46) e Rayane Messi (Ibrahim Kante, 80).

Selecionador: José Alcocer.

Árbitro: Radoslav Gidzhenov (Bulgária).

Ação disciplinar: cartões amarelos para Matthys Angely (66), Enzo Molebe (82) e Rafael Mota (88).

Espetadores: 496.

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