Preço do azeite pode descer no final do ano se a produção correr bem

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26 jun, 2024 - 07:23 • Hugo Monteiro

A secretária-geral da Casa do Azeite diz que a aplicação do IVA zero seria bem-vinda, mas teria poucos efeitos na inversão das atuais quebras de consumo.

O preço do azeite poderá descer, mas só depois de outubro e de forma pouco significativa. A previsão é da secretária-geral da Casa do Azeite, que explica que a evolução do preço do produto está dependente da produção deste Verão que, tudo indica, será melhor do que nos anos anteriores.

No dia em que arranca, em Madrid, Espanha, o congresso mundial do azeite, Mariana Matos diz, à Renascença, que “nada indica que, nos próximos meses, haverá movimentos significativos nos preços, porque tudo vai depender de como é que se vai desenrolar a próxima campanha” de produção.

A secretária-geral da Casa do Azeite antecipa que “tudo indica que será uma campanha mais normal, ao contrário das duas anteriores”, portanto, e uma vez que a colheita só se iniciará no final de Outubro, só nessa altura, “o preço poderá sofrer alguns ajustamentos, algumas quedas, mas que não serão muito bruscas”.

Para que a campanha de produção seja favorável, é necessário que “no início de Setembro” haja “algumas chuvas” e que sejam menores “os ataques de insetos”. “Hoje, no panorama que temos de alterações climáticas, torna-se muito difícil fazer previsões”, explica.

IVA Zero desejável, mas com poucos efeitos

Em Espanha, o Governo decidiu incluir o azeite na lista de produtos sem IVA até final de setembro. Por cá, a secretária-geral da Casa do Azeite defende que uma eventual aplicação do IVA zero “não teria um efeito tão significativo”, uma vez que o produto “já é taxado com um IVA mais baixo”. No entanto, “tudo aquilo que ajude a baixar o preço é interessante para os consumidores e para baixar um pouco o impacto do aumento dos preços” que tem levado a “quebras de consumo significativas e que se estão a acentuar este ano, em relação ao ano passado”.

Entre os associados da Casa do Azeite a quebra nas vendas foi “de 11% em 2023”, sendo que, diz Mariana Matos, “a informação preliminar é que este ano se acentuaram essas quebras”.

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