A capitalização de mercado agregada dos 25 principais bancos globais cresceu 11,1% para 3,61 biliões no quarto trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2023 face ao trimestre anterior.
A capitalização de mercado agregada (MCap) dos 25 principais bancos globais cresceu 11,1% para 3,61 biliões no quarto trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2023 face ao trimestre anterior, beneficiando-se da recuperação do apetite ao risco provocada pelas expectativas sobre cortes nas taxas de juros, de acordo com a GlobalData, uma empresa especializada na análise e pesquisa de dados.
Em destaque a GlobalData põe os bancos Al Rajhi Banking e Charles Schwab com um crescimento superior a 25% cada um.
Já o China Merchants Bank perdeu mais de 10% de valor de mercado.
Por sua vez o JP Morgan Chase lidera consistentemente a tabela da capitalização em bolsa nos últimos sete trimestres e atingiu um valor em bolsa de 491,8 mil milhões de dólares em dezembro. Seguiu-se o Bank of America com 266,5 mil milhões de dólares. O ICBC registou uma capitalização bolsista de 238,1 mil milhões de dólares no fim do ano.
O valor de mercado dos quatro principais bancos da China – ICBC, Banco da China, Banco Agrícola da China e Banco de Construção da China – registou um crescimento na faixa de 4% a 8%.
Murthy Grandhi, analista da GlobalData, refere que “desde novembro de 2023, o mercado começou a considerar o fim dos aumentos das taxas de juros pela Federal Reserve dos EUA, juntamente com possíveis reduções das taxas de juro em 2024 e os investidores recuperaram o apetite pelo risco, resultando num aumento notável no valor das ações dos bancos dos EUA”.
O Al Rajhi Banking registou um crescimento de 28,1% no valor das suas ações devido aos seus robustos perfis de negócio e de financiamento, rentabilidade e sólida qualidade dos ativos.
A Charles Schwab, uma corretora de valores mobiliários, testemunhou um aumento notável de 26,2% na sua capitalização bolsista, para 125,4 mil milhões de dólares em 31 de dezembro de 2023.
Para o ano de 2024, a GlobalData prevê uma recuperação no setor bancário global influenciada por vários fatores que incluem a possibilidade de os decisores políticos nas principais economias interromperem os aumentos das taxas de juro e uma expansão mais moderada das margens de juros líquidas em comparação com projeções anteriores.
Grandhi antecipa que “a projeção a curto prazo indica que o atual crescimento nominal dos empréstimos continuará na maioria das regiões, impulsionado sobretudo pelas tendências inflacionistas prevalecentes, embora a um ritmo mais moderado em comparação com 2022 e 2023. No entanto, uma desaceleração do crescimento económico mundial e a manutenção de taxas de juro elevadas terão impacto na capacidade de os mutuários reembolsarem os empréstimos, o que poderá resultar num aumento das imparidades em 2024, como evidenciado pelo aumento dos rácios de NPL (empréstimos não produtivos).”
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