Protestos de agricultores. Ursula von der Leyen pede "diálogo" para "superar a polarização"

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Von der Leyen defende a necessidade de um “novo consenso” no setor agrícola que traga beneficios para todos. “Estou profundamente convencida de que só podemos superar esta polarização através do diálogo (...) Partilhamos o mesmo sentimento de urgência de que devemos encontrar um novo caminho a seguir”, declarou na abertura do Diálogo Estratégico sobre o futuro da Agricultura da União Europeia (UE), em Bruxelas.

A presidente da Comissão Europeia diz que é preciso uma “perspetiva a longo prazo” para enfrentar desafios cada vez maiores como a concorrência externa, o excesso de regulamentação a nível interno, alterações climáticas, perda de biodiversidade e declínio demográfico.

Reuniram-se em Bruxelas representantes de organizações do setor agrícola, de organizações não-governamentais, da sociedade civil e académicos e especialistas, para discutir o futuro do setor.Até ao verão vai ser debatido o rendimento dos agricultores, a sustentabilidade das suas práticas, a inovação tecnológica e a competitividade.

Esta reunião, prometida em setembro, realiza-se num contexto de vários protestos de agricultores através de bloqueios de estradas e desfiles de tratores.

Os protestos começaram nos Países Baixos e já afetam França, Alemanha, Polónia e Roménia. O descontentamento tem várias razões, incluindo o aumento dos custos para cumprir as metas de redução de carbono, os preços dos combustíveis, a inflação e o consequente aumento do custo de vida, além das importações de cereais ucranianos devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

A líder europeia reconhece também que os agricultores "são muitas vezes a parte mais vulnerável da cadeia de valor, é claro que merecem uma remuneração justa. O nosso objetivo é apoiar os seus meios de subsistência e garantir a segurança alimentar europeia".

A cinco meses das eleições para o Parlamento Europeu, partidos de extrema-direita tentam infiltrar-se nos protestos contra a vontade de parte dos agricultores alemães. Estas forças lideram as sondagens de intenção de voto em vários países. Criticam as políticas ambientais de Bruxelas e aproveitam para demonstrar apoio os agricultores.

c/ agências

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