Quem investiu mais? A análise ao mercado de Sporting, Benfica e FC Porto

2 semanas atrás 52

Sporting e Benfica foram os campeões do investimento neste mercado de transferências, com uma significativa vantagem sobre o FC Porto. A janela de verão fechou na noite de segunda-feira e, na hora de fazer balanços, leões e águias destacam-se dos dragões.

No Sporting, Ruben Amorim viu chegar quatro reforços, um deles no último dia, o avançado Conrad Harder. Fotis Ioannidis foi um namoro que durou vários meses, mas o jogador grego não foi libertado pelo Panathinaikos.

Nesse sentido, o clube liderado por Frederico Varandas optou por avançar para a contratação de Harder junto do Nordsjaelland, por um valor de 19 milhões de euros fixos, mais três em variáveis – a maior contratação do verão em Portugal.

Antes, já haviam chegado Vladan Kovacevic, Zeno Debast e Maxi Araújo: o guarda-redes recrutado ao Raków custou 4,8 milhões de euros, o defesa ex-Anderlecht foi adquirido por 15,5 milhões de euros (mais 5,5 em variáveis), ao passo que o ala esquerdo chegou do Toluco por 13,6 milhões de euros.

No total, o Sporting investiu 52,9 milhões de euros, contra os 40,5 milhões de euros arrecadados com as vendas de Issahaku Fatawu, Mateus Fernandes, Paulinho e Jovane – jogadores como Neto e Coates saíram a custo zero.

Águias ganham a corrida a leões, mas terminam com saldo claramente positivo

O Benfica investiu um valor muito ligeiramente mais alto do que o Sporting (53,5 milhões de euros), mas mais uma vez, foi o clube que movimentou mais dinheiro entre entradas e saídas.

Chegaram para reforçar as opções da outrora equipa de Roger Schmidt sete jogadores: Vangelis Pavlidis, Jan-Niklas Beste, Leandro Barreiro, Karem Aktürkoglu, Issa Kaboré, Renato Sanches e Zeki Amdouni.

No entanto, apenas três destes jogadores entram para as contas deste investimento: Pavlidis foi recrutado ao AZ Alkmaar por 18 milhões de euros, Beste chegou do Heidenheim por oito milhões de euros, ao passo que Kerem Aktürkoglu, reforço de última hora, custou 12 milhões de euros, ele que chega do Galatasaray.

Os restantes quatro jogadores, em termos de valor de transferência, não obrigaram a qualquer investimento: Leandro Barreiro foi contratado a custo zero depois de ter terminado o contrato com o Mainz, ao passo que Issa Kaboré (Manchester City), Renato Sanches (PSG) e Zeki Amdouni (Burnley) chegam todos por empréstimo.

No entanto, há ainda a juntar Álvaro Carreras e Benjamín Rollheiser, contratações de janeiro que contemplavam uma cláusula de compra: Carreras custou seis milhões de euros – deixou o Manchester United –, ao passo que Rollheiser deixou os Estudiantes em definitivo por 9,5 milhões de euros.

Apesar destes valores, o Benfica termina estes meses de verão com um saldo claramente positivo, fruto dos 146,92 milhões de euros que fez em vendas.

A maior, claro, foi João Neves, mas o conjunto da Luz despediu-se ainda de Marcos Leonardo, David Neres, Morato e Paulo Bernardo, além de Rafa, este a custo zero. João Mário, por sua vez, prepara-se para assinar pelo Besiktas.

O primeiro mercado de Villas-Boas

O FC Porto, naquele que foi o primeiro mercado de transferências sob a administração de André Villas-Boas, estava mais condicionado financeiramente, mas nem por isso deixou de se destacar, com um investimento de 39,1 milhões de euros.

Os dragões viram Samu Omorodion do At. Madrid por 15 milhões de euros, Deniz Gül do Hammarby por 4,5 milhões (mais 500 mil euros em objetivos) e Francisco Moura do Famalicão por cinco milhões de euros.

Nehuén Perez foi contratado à Udinese por empréstimo, mas com uma taxa de 4,1 milhões de euros, e por empréstimo chegaram também Tiago Djaló, da Juventus, e Fábio Vieira, do Arsenal.

Há ainda o caso de Francisco Conceição, cuja opção de compra do Ajax havia sido ativada em abril, por 10,5 milhões de euros, antes de o extremo ser emprestado agora em agosto à Juventus por um valor de sete milhões de euros.

Além de Conceição, os dragões viram ainda sair Evanilson, David Carmo, Toni Martínez e Fábio Cardoso, num total de 58 milhões de euros.

Galeno tinha tudo acertado com o Al Ittihad, mas a transferência acabou por cair ao final da tarde de segunda-feira, enquanto Taremi já se havia despedido a custo zero, rumo ao Inter de Milão. Pepe terminou a carreira e Romário Baró foi emprestado.

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