Quem não marca...

8 meses atrás 60

...sofre : a velha máxima do futebol. Foi isso que aconteceu em Vizela, onde a equipa da casa sofreu no início do segundo tempo, mas acabou a bater o Arouca por 1-0, qualificando-se para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Num jogo de mudanças, algumas radicais, a primeira parte foi equilibrada. O segundo tempo começou com o Arouca a crescer, mas sem conseguir marcar. Quando marcou, foi na própria baliza. Depois disso, houve competência vizelense e incapacidade arouquense.

Mudanças atrasaram dinâmicas

O Vizela operou revolução (quase) total na equipa - dez mexidas! - depois do empate na Amadora. Diogo Nascimento foi o único sobrevivente, Messias e Ruberto estrearam-se, Jota e Abdul foram titulares pela primeira vez. O Arouca também mexeu (não numa escala tão grande), alterando quatro peças no onze titular. Mújica, de Arruabarrena e David Simão, referências dos arouquenses, foram alguns dos poupados.

@Catarina Morais / Kapta +

O perigo começou por surgir pelos visitantes. Desconcentração vizelense, muito cedo na partida, e Cristo isolou-se perante Ruberto, mas o remate esbarrou na barra. Na resposta, Abdul e Messias, a mostrarem-se ao seu público pela primeira vez, também foram perdulários. Abdul desperdiçou à boca da baliza, enquanto Messi obrigou Thiago a uma intervenção de valor. 

Além disso, o primeiro tempo não foi muito animado. A dinâmica vizelense pareceu mais afinada, com a equipa a tentar trocar de pé para pé, mas apenas numa primeira fase, estando com dificuldades em chegar a bola o último terço. O Arouca, sem as referências maiores (mas ainda com Cristo e Sylla) não conseguiu implementar o seu jogo mais dinâmico.

Eficácia sem rematar

O Arouca entrou no segundo tempo com uma atitude diferente. Mais pró-ativo, com vontade de ter bola e a testar a baliza adversária. Já praticamente instalados no meio campo adversário, Cristo e Trezza voltaram a desperdiçar para os forasteiros. O espanhol atirou ao ferro (novamente) e Trezza, na cara de Ruberto, permitiu a defesa ao guardião vizelense. Sem uma acutilância descomunal, mas efetivos no que toca a criar perigo ao adversário, era o Arouca quem se superiorizava.

Quando equipa tentava ocupar cada vez mais o terreno inimigo, balde de água fria. Hugo lançou Lacava e o venezuelano, cruzou para tentar encontrar Essende. Galovic apareceu no caminho da bola e acabou por desvia-la para a baliza que defendia. Contra a corrente do jogo, mas o Vizela ganharia uma injeção de moral desde o golo. 

Já com Essende em campo, a referência era obvia: bola no francês para ele segurar. Foi resultando e o Vizela não se subjugou ao Arouca, mesmo estando a vencer. Os minhotos continuaram equilibrados, não baixando linhas (mesmo tendo lançado mais um central) e os arouquenses não conseguiram reagir.

Em bolas paradas, os visitantes ainda tentaram colocar para o chuveirinho, mas a eficácia defensiva vizelense fez-se notar. Quem não marca sofre, e o Arouca sofreu desse veneno, custando a passagem aos quartos da Taça de Portugal.

 Vizela x Arouca

 Vizela x Arouca

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