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"É preciso perceber se a Direita tradicional, a AD e IL, contam com o Chega política ou aritmeticamente", disse esta noite o líder do Livre, Rui Tavares, num pós-eleições, na SIC Notícias, acrescentando que estes partidos "passaram a campanha inteira" sem esclarecer propriamente esta questão.
"Essa é uma clarificação que a Direita portuguesa tem estado a empurrar com a barriga", atirou.
Para o porta-voz do Livre, não vale a pena "dourar a pílula", o cenário existente é de grande incerteza e pode levar a "ainda mais instabilidade".
"Os partidos terão de ter o papel mais responsável possível em relação não só à gestão da coisa pública e do Estado, como à relação que tem com os cidadãos", acrescenta.
Rui Tavares negou ainda convergência com a AD, e disse que o partido leva a sério o que afirmou durante a campanha eleitoral, frisando que um orçamento do Estado por parte da AD não terá aprovação por parte do Livre.
Já sobre a noite eleitoral deste domingo, Rui Tavares afirmou que "o Livre cumpriu com os seu objetivo de crescer e eleger um grupo parlamentar, de ajudar a ser a Esquerda o campo mais amplo na Assembleia da República".
Note-se que o Livre conquistou o seu melhor resultado de sempre em eleições legislativas. Em 2015, o partido integrou a candidatura cidadã Tempo de Avançar, que obteve 0,73% (39.340 votos) e em 2019 conseguiu o feito histórico de eleger Joacine Katar Moreira para o parlamento, com 1,09%, cerca de 55 mil votos.
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