Sara Sharif. Pai, madrasta e tio declararam-se inocentes em tribunal

O pai, a madrasta e o tio de Sara Sharif, uma menina de 10 anos encontrada morta na sua casa no Reino Unido, declararam-se inocentes esta quinta-feira das acusações de homicídio.

O corpo de Sara Sharif foi encontrado debaixo de um cobertor num beliche na sua casa em Woking, a sudoeste de Londres, a 10 de agosto.

O pai de Sara, Urfan Sharif, de 41 anos, a sua companheira Beinash Batool, de 29, e o seu irmão, Faisal Malik, de 28, estão acusados do homicídio da criança.

Os três suspeitos, que se encontram em prisão preventiva, compareceram hoje, através de uma videoconferência, no Tribunal Criminal Central de Londres. Na audiência, negaram as acusações antes do julgamento, que foi marcado para setembro de 2024.

De recordar que a menina de 10 anos foi encontrada sem vida e com "extensos e múltiplos" ferimentos. "provavelmente causados por um período longo e de forma permanente".

O corpo foi encontrado depois da polícia britânica ter recebido uma chamada do pai, já no Paquistão.

Entretanto, a madrasta de Sara partilhou um vídeo com a Sky News, no qual diz que estão dispostos a "cooperar com as autoridades" e que a morte da criança foi "um acidente".

A mulher desmentiu ainda que o tio da criança tenha prestado declarações "a dizer que a Sara caiu das escadas e partiu o pescoço. Isto foi divulgado através de um meio de comunicação social paquistanês".

O trio tinha fugido do Reino Unido com destino a Islamabad, no Paquistão, um dia antes de a polícia ter descoberto o corpo da menina. Todos acabaram por ser encontrados pela polícia paquistanesa, que os extraditou para o Reino Unido, a 13 de setembro, sendo detidos logo à chegada do Aeroporto de Gatwick.

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