"Se calhar, vamos ter eleições"

3 horas atrás 14

"Sempre pensei que o PS ao abster-se neste OE2025, não se comprometia, salvava a sua face e mostrava aos portugueses que podiam contar com ele, se algo, corresse mal.

Mas, parece que me enganei, se calhar o PS vai votar contra, não está para, ao aprovar o OE2025, passar um cheque de sobrevivência de dois anos até chegar o novo PR.

Assim, é  inevitável haver eleições, o PR assim o disse: em caso de não haver aprovação do OE2025, convoca eleições antecipadas.

O Chega pelo que disse até agora não tem condições para votar a favor, pode eventualmente abster-se, mas não basta. A esquerda toda junta supera os votos do PSD (80). O PS, Bloco de Esquerda, Partido Comunista, Livre e PAN têm 92.

Vamos supor que o Chega vota a favor e o PSD depois de dizer “não é não”, passará a dizer “não pode dizer sim ou mas”. Fica muito mal na fotografia.

Esta incerteza coloca em apuros PSD, PS e Chega. O futuro do país está em jogo e tem efeitos imediatos na imagem externa de Portugal. A concretização do PRR pode tornar-se muito difícil. Novas eleições seriam as terceiras em três anos.

Estamos num imbróglio, num nó górdio que pode não ser desatado com novas eleições e tudo ficar como está.

O que acontecer, determinará o futuro político do país porque um dos seus possíveis finais é a convocação de novas eleições. 

Uma instabilidade inusitada que não tem precedentes e pode instalar-se o caos e o desalento nos portugueses.

Luís Montenegro não devia ter negociado com ninguém, para não ficar comprometido com as conversas que teve com André Ventura. As coisas devem ser conhecidas por todos e cristalinas. Quem quer esconder algo, não é por boas razões.

Apresentava o “seu” OE2025 e depois via-se... Com certeza os portugueses fariam um juízo do que se passasse. Assim não! Todos estes jogos e joguinhos podem acabar muito mal. No fundo, os políticos ainda não perceberam que o Chega com 50 deputados condiciona tudo e todos.

O regime não quer o Chega, mas não consegue viver sem ele. Este é o dilema atual.

O clima que vivemos atualmente é de campanha eleitoral quer para o Governo, quer para a oposição."

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