Taiwan diz que não está "subordinada" à China após reunião entre EUA e Pequim

7 meses atrás 65

Durante o encontro, que ocorreu no sábado, em Banguecoque, na Tailândia, o governante chinês disse que as recentes eleições presidenciais na ilha "não podem mudar o facto básico de que Taiwan é a China", reiterando que a questão "é um assunto interno" de Pequim.

O ministro disse ainda que "a independência de Taiwan é o maior desafio" para a paz na região e apelou a Sullivan para que Washington "respeite o princípio de `uma só China` e ponha em prática o seu compromisso de não apoiar a independência de Taiwan e de apoiar a reunificação pacífica da China".

Em resposta a estas declarações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da ilha emitiu um comunicado, citado pela agência Efe, no qual assegura que Taiwan "é um Estado independente e soberano" que "não está subordinado à República Popular da China".

"As eleições realizadas em 13 de janeiro demonstraram plenamente a maturidade e a solidez da política democrática de Taiwan, receberam a aprovação de mais de 100 países em todo o mundo e confirmaram mais uma vez os factos e o `status quo` que foram reconhecidos pela comunidade internacional durante muitos anos", afirma o comunicado.

Na nota, o Ministério dos Negócios Estrangeiros "refuta e condena solenemente a disseminação repetida e maliciosa de alegações da China que distorcem o estatuto soberano de Taiwan".

Afirmou ainda que a ilha sempre se esforçou por "manter a paz e a estabilidade" no estreito que a separa do continente, e acusou a China de "provocar", "ameaçar" e "chantagear" os países vizinhos, usando a questão de Taiwan como "pretexto para aumentar as tensões na região".

"Isto evidencia que a China é a causa dos problemas para a paz e a estabilidade na região e que a sua falácia da chamada `independência de Taiwan` é simplesmente insustentável", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, agradecendo a Sullivan o seu apoio à manutenção da paz e da estabilidade entre os dois lados do estreito.

Taiwan é uma das maiores fontes de conflitos entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taipé e seria o seu maior aliado no caso de um conflito militar com o gigante asiático.

Pequim considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para a ilha, em 1949, depois de perderem a guerra civil contra o exército comunista.

Ler artigo completo