Ucrânia. Bombardeiro russo abatido tinha atacado duas cidades

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"Foi o avião que bombardeou Dnipropetrovsk e Kryvyi Rig", disse o porta-voz da força aérea ucraniana, Illia Yevlach, à agência francesa AFP.

"Vingámos as nossas cidades e os nossos civis", acrescentou o porta-voz.

As autoridades ucranianas disseram que os ataques russos de hoje na região provocaram nove mortos e 32 feridos, mas admitiram que poderá haver vítimas sob os escombros de edifícios.

Os ataques danificaram duas dezenas de edifícios, uma estação de serviço e quase meia centena de automóveis, disse o chefe da administração militar local, Serguii Lisak, citado pela agência ucraniana Ukrinform.

Moscovo admitiu que perdeu hoje um bombardeiro Tu-22M3, que se despenhou na região de Stavropol, no sul da Rússia.

Um dos quatro tripulantes morreu, dois foram encontrados vivos e equipas de resgate estavam a procurar o outro, disse o governador regional.

O Ministério da Defesa russo disse que o bombardeiro não transportava mísseis e caiu numa área despovoada, mas não revelou as causas do despenhamento.

A força aérea ucraniana disse que foi a primeira vez que abateu um Tu-22M3 desde o início da guerra, há mais de dois anos.

O Tupolev Tu-22M3 é um bombardeiro supersónico com asas de geometria variável e capaz de transportar armas nucleares.

Estes bombardeiros têm sido usados pela Rússia para atacar a Ucrânia com mísseis a partir do espaço aéreo russo, longe do alcance das defesas aéreas ucranianas.

As forças russas aumentaram a intensidade dos ataques nas últimas semanas, em especial contra infraestruturas de energia ucranianas.

As autoridades ucranianas receiam uma nova ofensiva russa, depois de a contraofensiva que Kyiv lançou no verão ter tido resultados modestos.

A Ucrânia tem multiplicado os apelos aos aliados ocidentais para que forneçam mais armamento.

Também tem criticado as hesitações de alguns governos e o atraso na entrega de armas e munições.

A guerra em curso foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

Desconhece-se o número de vítimas, civis e militares, mas diversas fontes têm alertado que serão elevadas.

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