“As mulheres gerem orçamentos de forma mais rigorosa”

2 meses atrás 47

Há um desperdício das mulheres enquanto protagonistas de decisões financeiras. A convicção foi deixada pela ex-médica e presidente da Tara Health Foundation na mais recente sessão do InnovClub, iniciativa da VdA com a Beta-i que conta com o JE como membro.

Ruth Shaber, médica obstetra de formação e fundadora e presidente da Tara Health Foundation, esteve recentemente em Portugal a convite do InnovClub (uma colaboração entre a Beta-i, uma consultora de inovação colaborativa e a sociedade de advogados Vieira de Almeida, que conta com o JE como membro) para passar a mensagem: as mulheres são excelentes decisoras financeiras e este potencial feminino está a ser desperdiçado. A fundação que preside, criada em 2014, depois de abandonar a medicina em 2012, promove a saúde, bem-estar e oportunidades para mulheres e raparigas. Aqui, Ruth Shaber apostou na centralização do papel da mulher e no investimento em várias classes de ativos com foco no género: “Percebi que o nosso portfolio de ativos estava a ter um excelente desempenho não apesar de ser focado no género mas precisamente porque era focado no género”.

Capital humano desperdiçado
No InnovClub, Ruth Shaber apresentou o livro “The XX Edge – Unlocking Higher Returns and Lower Risk”, que escreveu em parceria com Patiente Marime-Ball, e que começa por deixar algumas reflexões sobre o capital humano que, no entender da antiga médica, está a ser desperdiçado pelos investidores e que respondem à questão: porque é que as empresas têm melhores desempenhos financeiros quando as mulheres controlam o capital dessas organizações? Esta responsável socorre-se do facto de que apenas 5% dos CEOs, gestores de investimento e de capital de risco são mulheres (dado que consta no livro) para referir que uma grande fatia de talento feminino está excluído desses cargos de decisão, inovação e alocação de capital.

“Crash test dummies” são exemplo
Outra reflexão deixada por Ruth Shaber está relacionada com o facto de que quando as mulheres são excluídas do processo de design de produtos, estão a ser desperdiçadas oportunidades e o sucesso desse produto no mercado está comprometido: “Só um investidor tolo falha ao não incluir uma análise de género quando investe em novos serviços ou produtos”, destaca Ruth Shaber que dá como exemplo os “crash test dummies”, que não previam qualquer modelo feminino.

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