CEO da Euronext pede calma às empresas perante incerteza das eleições francesas

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A possibilidade de a extrema-direita ou a extrema-esquerda assumirem o poder em França tem preocupado os mercados, preocupações essas que o líder da Euronext, Stéphane Boujnah, considera precipitadas.

O diretor executivo da Euronext pede às empresas alguma calma perante a incerteza política em França, projetando que tanto a extrema-direita, como a extrema-esquerda terão dificuldades em implementar os seus programas eleitorais caso vençam as eleições que se aproximam.

Ao ‘Financial Times’, Stéphane Boujnah procurou colocar resfriar as preocupações dos investidores com o desfecho do ato eleitoral do início de julho, preferindo aguardar pelos resultados definitivos. O líder da Euronext reconheceu que as projeções, que dão uma segunda volta disputada entre a Frente Nacional, de Marine Le Pen, e a coligação de esquerda da Nova Frente Popular, são um motivo de preocupação, mas pediu calma.

Para o CEO da Euronext, os mercados e empresas devem aguardar pelo dia 9 de julho, o pós-eleições, para “analisar os resultados”.

“É-me difícil imaginar uma situação em que uma destas duas forças políticas chegue ao poder e consiga implementar tudo o que prometem, dada a combinação de agências de rating, sindicatos” e até mesmo das instituições europeias, projetou Boujnah.

As bolsas francesas têm desvalorizado consideravelmente desde que o presidente Emmanuel Macron decidiu convocar eleições antecipadas após um fraco resultado nas europeias, lançando preocupações no seio do país e da Europa com a possibilidade de a extrema-direita ou a extrema-esquerda assumirem o poder.

Apesar de ainda não ser conhecido em detalhe o programa económico da Frente Nacional, ambos os partidos causam preocupações pela provável subida da despesa, mostrando-se ainda menos pró-UE do que o atual presidente, um facto também lamentado por Boujnah.

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