EDPR. Goldman Sachs corta preço-alvo, mas mantém recomendação em ‘comprar’

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Analistas do GS consideram que o novo plano estratégico é “viável”.

O Goldman Sachs (GS) anunciou hoje um corte do preço-alvo da EDP Renováveis (EDPR) de 17,5 euros para 17 euros. A recomendação mantém-se em ‘comprar’.

A EDP Renováveis anunciou na quinta-feira um corte de três mil milhões de euros no seu investimento líquido face ao previsto no plano estratégico: sete mil milhões de euros. A companhia prevê agora investir quatro mil milhões de euros nos próximos três anos em termos líquidos, menos 40% em relação ao plano inicial.

A cotada segue a valorizar 2,16% para 14,66 euros na sessão desta sexta-feira na bolsa de Lisboa.

“Após 10 anos de aceleração consistente de Capex – e dois aumentos de capital – a EDP mudou a sua alocação de capital para proteger o balanço de aumentos nos custos de financiamento e o declínio nos preços de eletricidade mais rápidos do que o esperado. Acreditamos que o mercado vai receber bem esta atualização estratégica pois faz um reset das metas financeiras e operacionais, focando-se nos projetos com retorno mais elevado e mais auto-financiados”, começou por dizer o banco norte-americano na nota hoje publicada.

Recordando que o Capex vai cair de cinco gigawatts anuais para três gigawatts anuais, o GS destaca que o EBITDA para 2026 caiu dos três mil milhões para 2,4 mil milhões, com a meta de lucro a cair de 900 milhões para 700 milhões.

Parecer do GS? “Consideramos que o novo plano é viável: as nossas estimativas para 2026 ficam acima das estimativas” da EDP.

Os analistas destacam que a redução em nova capacidade vai permitir à EDP focar-se em “projetos de retorno mais elevado”. A empresa “vê um cenário mais competitivo (particularmente nos EUA), assim apoiando retornos mais elevados”, com destaque para os centros de dados e a vaga de eletrificação.

Até 2026, a EDPR está a planear manter a sua dívida financeira estável nos sete mil milhões de euros. “Por outras palavras, o plano parece ser autossuficiente em financiamento. Isto é possível pela redução significativa nos investimentos”.

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